
A imprensa espanhola teve acesso à obra e divulgou nesta sexta-feira alguns trechos do livro: “Eu não me vendo por dinheiro. Ele ajuda, mas não manda na minha vida”, disse o atleta.
O pai do jogador também explicou porquê recusou uma oferta do time merengue em 2006, quando o atleta ainda era uma promessa do Santos. “Não haveria dinheiro em Madri para comprar a felicidade do meu filho”, explicou.
A transferência de Neymar para o Barcelona, em julho do ano passado, fez Sandro Rosell renunciar ao cargo de presidente do time catalão depois de denúncias de irregularidades no acordo com o Santos.
A equipe espanhola afirmou que desembolsou 57,1 milhões de euros (R$ 187,2 milhões) para contar com o brasileiro. Deste montante, 40 milhões de euros (R$ 131,2 mi) foi repassado à empresa N&N Sports, que pertence à família do atleta, e 17,1 milhões (R$ 56 mi) ao Santos – este dinheiro ainda foi dividido com o grupo DIS, que detinha parte dos direitos do jogador.
A diretoria do Barça, no entanto, admitiu que o valor real ultrapassou os 86 milhões de euros (R$ 278,2 mi) em contratos mantidos em sigilo. Mas para a Justiça da Espanha, os valores são superiores a 95 milhões de euros (R$ 307,2 mi).
Por causa deste imbróglio, Pablo Ruz, juiz da Audiência Nacional, principal instância penal espanhola, indiciou o Barcelona sob a acusação de crime fiscal.