
Porém, nem todos os bilhetes custam tanto para o torcedor atual. O mais barato para a Copa do Mundo de 2014 – de categoria 4 para jogos da fase de grupos – custa R$ 60 (com meia-entrada uma porcentagem da carga pode ser reduzida a R$ 30). O mais caro, para a final no mesmo palco da tragédia diante do Uruguai, sai a R$ 1.980 – e para categoria 1, a mais nobre, só há desconto para idosos. A distância entre os valores é uma das curiosidades presentes no relatório oficial do “Sexto Campeonato Mundial de Futebol – Taça Jules Rimet – Brasil 1950”, produzido pela antiga Confederação Brasileira de Desportos (CBD) após o torneio e que traz de orientações para a arbitragem a considerações finais escritas pelo francês Jules Rimet, então presidente da Fifa. Nelas, ele descreve dificuldades semelhantes às enfrentadas pelo Comitê Organizador Local da Copa de 2014:
“Era, em 1946, um ato temerário da Confederação Brasileira de Desportos propor-se para celebrar a Taça de 1950: não estava preparada para isso. O Brasil carecia então de grandes estádios para receber os inúmeros apreciadores do jogo de football que se apresentariam às bilheterias, as dificuldades de transporte das delegações dos outros continentes pareciam insuperáveis, mas a CBD tinha a fé, a fé esportiva e a fé patriótica. Pôs-se imediatamente à obra com tanta atividade e, quando a Comissão de Organização nomeada na Europa começou seus trabalhos, achou o terreno desentulhado e pronto para uma colaboração que, desde então, por cima do oceano, prosseguiu numa cordial emulação. O maior estádio do mundo e o melhor apropriado ao seu objeto foi erguido no Rio, num tempo recorde”, escreveu Rimet
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