Futebol Em valor médio de ingressos, ver Brasil em 50 equivalia a 7,7% de 2014

Em valor médio de ingressos, ver Brasil em 50 equivalia a 7,7% de 2014

Em exatos 100 dias, o Brasil receberá novamente a competição que só teve a oportunidade de realizar 64 anos atrás. O resultado da primeira empreitada foi analisado como positivo, com públicos impressionantes especialmente no então recém-construído Gigante do Derby, o agora totalmente remodelado Maracanã. Erguido para ser a casa das massas, o templo da bola, as mudanças ao longo dos anos tornaram a ida ao Estádio Mário Filho um programa que nem todos podem pagar. Em 1950, no Rio de Janeiro, o torcedor gastava em média R$ 40,85 por ingresso (cálculo feito por especialistas da Federação do Comério do Estado do Rio de Janeiro, ou Fecomércio-RJ). O valor em cruzeiros médio na época do ingresso para um jogo do Brasil era CR$ 35,14. Os especialistas consultados calcularam o valor médio de uma entrada para o torneio de 2014 em R$ 531,79 e apontaram que o valor médio de um bilhete em 1950 equivale a 7,7% de uma entrada para a segunda Copa no Brasil.

Redação Torcedores
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Porém, nem todos os bilhetes custam tanto para o torcedor atual. O mais barato para a Copa do Mundo de 2014 – de categoria 4 para jogos da fase de grupos – custa R$ 60 (com meia-entrada uma porcentagem da carga pode ser reduzida a R$ 30). O mais caro, para a final no mesmo palco da tragédia diante do Uruguai, sai a R$ 1.980 – e para categoria 1, a mais nobre, só há desconto para idosos. A distância entre os valores é uma das curiosidades presentes no relatório oficial do “Sexto Campeonato Mundial de Futebol – Taça Jules Rimet – Brasil 1950”, produzido pela antiga Confederação Brasileira de Desportos (CBD) após o torneio e que traz de orientações para a arbitragem a considerações finais escritas pelo francês Jules Rimet, então presidente da Fifa. Nelas, ele descreve dificuldades semelhantes às enfrentadas pelo Comitê Organizador Local da Copa de 2014:

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“Era, em 1946, um ato temerário da Confederação Brasileira de Desportos propor-se para celebrar a Taça de 1950: não estava preparada para isso. O Brasil carecia então de grandes estádios para receber os inúmeros apreciadores do jogo de football que se apresentariam às bilheterias, as dificuldades de transporte das delegações dos outros continentes pareciam insuperáveis, mas a CBD tinha a fé, a fé esportiva e a fé patriótica. Pôs-se imediatamente à obra com tanta atividade e, quando a Comissão de Organização nomeada na Europa começou seus trabalhos, achou o terreno desentulhado e pronto para uma colaboração que, desde então, por cima do oceano, prosseguiu numa cordial emulação. O maior estádio do mundo e o melhor apropriado ao seu objeto foi erguido no Rio, num tempo recorde”, escreveu Rimet

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