Figurinhas da Copa são o retrato da desorganização do Mundial

A Panini, responsável pela confecção do álbum oficial da Copa do Mundo, parece em perfeita sintonia com os organizadores da competição e mostra, ao lançar a coleção de figurinhas, um exemplo do que não deve ser feito.

Eduardo Gonçalves
Apaixonado por futebol e esportes em geral.
figurinhas

Há pouco mais de um mês da divulgação da lista oficial dos convocados para defender a seleção brasileira, por exemplo, a empresa resolveu chutar a convocação e colocou no time jogadores que dificilmente estarão no grupo de Luiz Felipe Scolari, como Robinho e Hernanes.

Se isso foi feito com o Brasil, que é conhecido pela maior parte do povo, imaginem então como estão os relacionados de países menos tradicionais, como Irã, ou até mesmo de rivais brasileiros menos badalados, como o México?

A verdade é que, como boa parte das empresas que trabalha na reforma ou construção dos estádios, aeroportos e hotéis, a qualidade pouco importa. O que vale é encher os bolsos e enganar o povo brasileiro, que é apaixonado e não deixará de colecionar cada figurinha, ávido para ter Neymar, Fred e outras feras imortalizadas em sua estante.

A previsão é que a empresa fature cerca de R$ 1 bilhão. Ciente do gordo lucro, até investiu na segurança, pois, em 2010, sofreu com o roubo de vários lotes e teve de arcar com um enorme prejuízo.