
Crédito: Reprodução
LEIA MAIS:
Morre o holandês Johan Cruyff. Veja a repercussão na imprensa mundial
14 gifs que mostram o quão bom foi Johan Cruyff
Rinus Michels antes de ser técnico da Holanda, foi tricampeão holandês com o Ajax, que futuramente vinha ser à base da seleção de 74. Considerado pela FIFA o “Treinador do Século”, o seu conceito e filosofia de trabalho transformou o futebol. A dinâmica com que armava os seus times era impressionante, usando o esquema 4-3-3, hoje corriqueiramente mais usado do que naquele tempo. Michels também treinou o Barcelona, onde é considerado até hoje um dos principais mentores do estilo de jogo do clube catalão. O tiki-taka certamente surgiu do legado deixado pelo ex-técnico.
O ápice do Cruyff e do Futebol Total foi indiscutivelmente em 1974, quando foi vice-campeã mundial; perdendo para a seleção alemã de Franz Beckenbauer, por 2 a 1. Durante toda a competição a Holanda foi impiedosa contra seus rivais. Na primeira fase, o seleção da Holanda venceu duas partidas e empatou em 0 a 0 contra Suécia, na cidade de Dusseldorf. Classificado, os holandeses foram para a segunda fase do mundial, jogar contra Brasil (campeã do mundo em 1970); Alemanha Oriental e a Argentina. Contra os grandes do futebol mundial, a Laranja Mecânica passeou e distribui aula de futebol para os seus adversários.
Confira os jogos da Seleção Holandesa na Copa de 1974:
1º FASE
15/6/1974 Hannover Uruguai 0 x 2 Holanda
19/6/1974 Dortmund Holanda 0 x 0 Suécia
23/6/1974 Dortmund Bulgária 1 x 4 Holanda
2º FASE
26/6/1974 Gelsenkirchen Holanda 4 x 0 Argentina
30/6/1974 Gelsenkirchen Alemanha Or. 0 x 2 Holanda
03/7/1974 Dortumund Holanda 2 x 0 Brasil
FINAL
07/7/1974 Munique Holanda 1 x 2 Alemanha Oc.
Krol e Suurbier teoricamente jogadores de defesa da seleção holandesa, participavam muitos das ações ofensivas, em alguns jogos chegando a jogar como pontas. A forma como Michels desenhava esse time era buscando não deixar o time adversário ter tempo para pensar e quando tinha a posse de bola, controlava a partida com toques rápidos e precisos.
Nos dias atuais, podemos acompanhar o Bayern de Munique e Barcelona com o estilo de jogo bem parecido com o da Holanda. As caracteristicas de Pressing (Marcação pressão) no campo do adversário, criando linha de impedimento e a troca de posições que era a grande característica desse time, estão presentes nas duas principais equipes do futebol europeu. Pep Guardiola que já treinou os dois times, não esconde de ninguém as influências holandesas que ele tem no futebol, em 1992 o ex- capitão do Barça ganhou a Champions League com Cruyff como treinador. E quando começou no Barcelona B a sua caminhada como técnico sempre usou a metodologia que aprendeu com o holandês na época em que trabalham no clube catalão.
A formação tática da seleção holandesa por muitas vezes era modificada no decorrer da partida, hoje vemos o Bayern de Munique jogando no 4-3-3; 4-1-4-1; 3-4-3; muitas vezes nem usando zagueiros fixos, e fazendo alterações táticas conforme as necessidades do confronto . Assim, como Rinus Michels que via seu time muitas vezes mudar de formação de um 4-3-3 para 1-3-3-3 no jogo. A obediência tática nesse caso era a grande engrenagem da seleção holandesa.
Dentro de um elenco recheado de bons jogadores,Cruyff era diferenciado,um maestro por toda técnica e conhecimento que tinha sobre futebol. As habilidade do camisa 14 caíram como um a luva nos planos de Rinus Michels, muitos diziam que o ‘’Futebol Total’’ acabaria quando Cruyff deixasse de existir, neste caso, a Holanda trouxe para o mundo do futebol, um novo conceito que nasceu e viverá permanente no nome do capitão da seleção holandesa, a Laranja Mecânica.
TIME BASE: Jan Jongloboed; Win Suurbier, Arie Haan, Win Rijsbergen e Ruud Krol; Win Jansen, Johan Neeskens e Van Hanegem; Rob Rensenbrink, Johan Cruyff e Johnny Rep. Técnico: Rinus Michels.
Fonte: http://esportes.terra.com.br/futebol/copa2006/interna/0,,OI685337-EI5503,00.html