
Crédito: Reprodução/Facebook
Durante a vitória do Palmeiras sobre o Rio Claro, pelo Paulistão de 2016, Tiago Maranhão cumpriu o seu papel de reportar no Sportv que o preparador físico do Verdão, Omar Feitosa, estava usando um ponto eletrônico – algo que é proibido pela regra.
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Maranhão passou a sofrer ataques dos palmeirenses nas redes sociais por causa do episódio. Ele até acabou excluindo a sua conta no Twitter. O jornalista gentilmente atendeu a um pedido do Torcedores.com para falar sobre quais lições tirou do episódio.
Veja o que Tiago Maranhão falou sobre o episódio a pedido do Torcedores.com:
“Várias lições ficaram daquele episódio. Antes de responder, queria dizer que tive diversas conversas com o Omar Feitosa depois do episódio e sempre com muito respeito e até admiração. Depois do título brasileiro, inclusive, ainda no gramado do Palestra Itália, apertei a mão dele e ele me agradeceu por sempre fazer meu trabalho com profissionalismo.Também agradeci a ele e a comissão técnica do Palmeiras por continuarem me atendendo com cordialidade. Aliás, umas duas semanas após o episódio ele já tinha conversado comigo e entre nós dois já estava tudo bem. Conversei também como Paulo Nobre, presidente do Palmeiras na época, com o Cuca e com dezenas de torcedores. Meu único arrependimento foi ter saído do Twitter, mas senti a pressão das ameaças e achei que seria melhor. Talvez tenha sido, mas hoje acho que eu faria diferente. Aconteceu num jogo à noite no Pacaembu e o crédito por ver o preparador físico do Palmeiras com escuta é do repórter Tossiro Neto, do Globoesporte.com. Da tribuna ele pediu para eu confirmar e nós dois passamos a informação ao mesmo tempo. Informei que o preparador estava com escuta da mesma forma como informaria se um dos times tivesse 12 jogadores em campo, por exemplo. A regra não permite, simples assim. Aliás, outro parênteses, acho essa proibição um retrocesso, considero que seria ótimo o treinador ter alguém na tribuna ajudando a enxergar o jogo, mas não faço as regras. O trio de arbitragem também viu a escuta e o preparador foi excluído daquele jogo. Nada além disso. A reação daqueles torcedores foi completamente desproporcional. Culpar o mensageiro e ao mesmo tempo absolver quem tentou burlar as regras revela o caráter corrompido daqueles torcedores. A relação do torcedor é muito parecida com a de quem tem uma preferência política ao consumir notícias, ele gosta de ler quem escreve o que ele pensa e desqualifica quem discorda dele. Isso só empobrece o debate. A vitória só tem valor se for conquistada com integridade. Vale pro esporte, vale pra vida”.