
Crédito: Reprodução/Conmebol
Nesta sexta-feira, a Fifa decidiu reconhecer como campeões mundiais os clubes que venceram o antigo Mundial Interclubes, disputado de 1960 a 2004 entre os vencedores da Libertadores e da Liga dos Campeões. Com isso, os títulos de 1962 e 1963 do Santos, de 92 e 93 do São Paulo (que também tem o de 2006 no formato novo do evento), de 81 do Flamengo e de 83 do Grêmio foram considerados, enfim, legítimos pela entidade. Só que dois outros brasileiros ficaram de fora da pauta – o Palmeiras e o Fluminense, que venceram as edições de 1951 e 1952 da “popular” Copa Rio.
Vale lembrar que a Fifa chegou a reconhecer, em 2014, o Palmeiras como primeiro campeão mundial após longo período de tentativas por parte da diretoria alviverde – até o então ministro dos Esportes, Albo Rabelo, participou das conversas com membros da entidade internacional -, mas depois voltou atrás já na gestão do atual presidente Gianni Infantino.
O QUE FALARAM
Em entrevista ao blog do jornalista Eduardo Ohata, do UOL Esporte, o ex-vice de futebol do Palmeiras, Roberto Frizzo, que trabalhou pelo processo de chancela da Fifa ao torneio em 1951, ironizou a decisão da entidade em deixar o clube de fora da lista de campeões mundiais. “Essa decisão de deixar o Palmeiras de fora mostra a falta de noção da Fifa”.
“A Copa Rio-51 teve o formato de um Campeonato Mundial, não foi uma decisão em jogo único, como é o caso desses outros times, o vice da Fifa à época esteve aqui no Brasil para ajudar a organizar a Copa Rio-51, os equipamentos e a arbitragem obedeceram as determinações da Fifa”, completou Frizzo.
Por sua vez, o Fluminense não teve êxito também em contatar a Fifa pela legitimidade do título em 1952. No programa “Bola da Vez”, da ESPN Brasil, o presidente Pedro Abad explicou:
“Já enviamos um material. Há algum tempo essa tentativa foi feita. Tanto Fluminense quanto Palmeiras foram negados num primeiro tempo. O material produzido está mais rico, com mais informações. O mais importante é pensar em como foram feitos os grupos, os clubes que jogaram. O Peñarol era a base da seleção uruguaia, Sporting (POR) jogou, Corinthians, Grasshoper, Áustria Viena. Era o Mundial de Clubes. Tanto Palmeiras quanto Fluminense têm razão de reivindicar isso. Eram oito clubes, era tratado à época como tal. A imprensa noticiava assim. Meu avô que viveu essa época me falava que era tratado desta forma”, defendeu o mandatário tricolor.
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