
Crédito: Site Projeto Motor. Capacete usado por Hamilton em 2015
Hoje é impossível pensar que pilotos de automobilismo ou de qualquer esporte a motor disputem provas sem capacete. Já houve um tempo em que não era obrigatório. Além de ter virado norma, é preciso cumprir uma série de exigências para fazer parte do equipamento de segurança do condutor. É um acessório um tanto quanto diferente daqueles que estamos acostumados a ver nos motociclistas comuns que circulam em ruas e estradas. Principalmente no que diz respeito ao tipo do material e capacidade de resistência.
Composição

Infografia de Henrique Assale e Juvenal Dias para diário Lance! que explica as camadas dos materiais do elmo
Não devem ultrapassar 1,8 kg, para não gerar tanto peso para o pescoço, com a Força G nas curvas. Precisam resistir a fortes impactos bruscos. Então possui cerca de 20 camadas de materiais, entre fibra de carbono, Kevlar e polietileno. A fibra é um material leve e resistente. O Kevlar é o mesmo material de colete à prova de balas. E o polietileno evita a propagação das chamas. É preciso ter entradas e saídas de ar com filtros para não entrar detritos e resfriar a temperatura do piloto. O visor é feito de policarbonato, resistente ao fogo, grande proteção no impacto e excelente visibilidade.A divisória entre a viseira e o casco precisa ter uma película extra de Zylon, um polímero sintético, também encontrado em raquetes de tênis e pranchas de snowboard, material visa a resistência no vão. Além de tudo, deve ser aerodinâmico.
Testes

Testes de impacto e perfuração dos capacetes são feitos constantemente
O capacete não pode apresentar nenhum dano ou deformação depois de ser submetido a testes de impacto. Dentre os testes, é aplicado uma força de 225 J (jaules) na parte de cima. Isso equivale a uma cabeça de 5 kg (peso médio adulto) cair de uma altura de 5 metros. Nas laterais este valor mais que dobra, vai para 500 J. Há pelo menos mais dois testes relevantes. Perfuração em superfícies agudas, tanto na viseira como no casco, e resistência ao calor. Deve aguentar durante 45 segundos um calor de 800º C e, mesmo assim, a temperatura interna não pode passar dos 70º C.
Interação

Motorsport.com. HANS se tornou obrigatório em 2003
O capacete atua com alguns outros equipamentos. A balaclava, tecido que reveste o rosto e o couro cabeludo dos pilotos, também à prova de chamas. O HANS (singla em inglês para Head And Neck Suport). Como o próprio nome diz, é um suporte para cabeça e pescoço. Ele impede que a cabeça seja projetada para frente em impactos frontais, mantém a coluna, principalmente a parte cervical estável. As barras laterais do cockpit, que foram elevadas nos últimos anos, impedindo que a cabeça balance bruscamente para os lados. E o reservatório de água, responsável pela hidratação do piloto, que fica até duas horas, no caso da Fórmula 1, ou mais, nos casos de Fórmula Indy ou provas de longa duração, dentro do carro.

Em 2009, as laterais do carro foram elevadas quase cobrindo o capacete do piloto
Fabricantes
Atualmente há quatro fabricantes mais famosos nas principais categorias do automobilismo: ARAI (Japão), BELL (Bahrein), STILO (Itália) e SCHUBERTH (Alemanha).
Futuro
A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) quer capacetes ainda mais fortes a partir do ano que vem. A instituição exige que o capacete tenha proteção balística avançada, aumento da capacidade de absorção de energia, seja submetido a testes de impactos mais rigorosos e tenha a área de proteção aumentada.
Descubra como todos os esportistas devem se proteger. Clique aqui e saiba mais.
LEIA MAIS