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Restando pouco mais de 25 minutos para o embate acabar, alguns fãs do Grasshopper resolveram pular a grade que separa a arquibancada do gramado e adentraram no campo sem muita correria. Curiosamente, enquanto os guardas se aproximaram para conter os torcedores, estes acenavam para os jogadores, convocando-os para uma conversa.
Capitão da equipe, o goleiro Lindner foi um dos primeiros a conversar com os invasores, recebendo inclusive um afago dos fãs. Posteriormente, os outros atletas caminharam em direção aos torcedores, mas desta vez a reação foi inversa. Eles começaram a ordenar que todos retirassem as camisas do clube.

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De acordo com a imprensa suíça, o argumento é que eles não seriam dignos de defender o time suíço. Alguns teriam gritado que eles deveriam retornar para os vestiários rastejando.
Sem condições de jogo, a partida foi interrompida e encerrada quando o marcador apontava 4 a 0, e segundo a imprensa local, o Luzern será considerando vencedor, decisão esta que culminaria no rebaixamento histórico do Grasshopper, restando nove rodadas para o término da competição.
Em nota oficial, a diretoria do Grasshopper condenou a postura dos torcedores – que já haviam tido atitude semelhante no dia 16 de março, quando o time foi derrotado pelo Sion por 3 a 0. Quando o placar apontava 2 a 0 para os visitantes, os fãs atiraram sinalizadores no gramado, o que forçou a interrupção da partida.
– Isso é uma vergonha e simplesmente inaceitável. Colocar em perigo torcedores, funcionários do estádio e jogadores não é aceitável pelo Grasshopper. Desordeiros abalam o futebol desta forma. Mais uma vez, eles impediram o curso normal de um jogo do campeonato e feriram o clube e o Luzern – disse o clube na nota oficial.
O clube informou ainda que iniciará um processo judicial, dando queixa à polícia, e junto à federação suíça contra os invasores.
– A situação ficou ameaçadora em uma escala que decidimos, junto às forças de segurança, entregar as camisas ao grupo. A segurança dos jogadores e os fãs pacíficos eram mais importantes para nós. A decisão não significa que aprovamos o comportamento questionável – completa a nota.