
Crédito: Divulgação/Allianz Parque
Palmeiras e Allianz Parque definiram que a partir da próxima temporada o gramado do estádio será substituído por um piso sintético. A grama escolhida, no entanto, será diferente da que é utilizada na Arena da Baixada, estádio do Athletico Paranaense.
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De acordo com o coordenador de fisioterapia do Verdão, Jomar Ottoni, o gramado utilizado no estádio palmeirense na próxima temporada será com uma tecnologia nova, sem fibra de coco, borracha e areia, como é utilizado em Curitiba.
“Na verdade, o tapete, que é que o jeito que a gente chama a grama, é totalmente diferente. O material que vai por baixo e os complementos da grama também. Eles usam areia, borracha e fibra de coco. No nosso, não tem nada disso. E até a tecnologia é diferente, é mais nova, mais resistente e você tem um aspecto mais natural. Não estou falando que é melhor ou pior que o que o Athletico tem, mas é diferente“, afirmou Jomar ao UOL Esporte.
Um dos fatores que preocupam a comissão do Palmeiras que definiu a troca de gramado foi que a borracha triturada de pneus utilizada não está em conformidade com os padrões da Fifa.
“Também há uma preocupação com a borracha de pneu que alguns gramados têm, porque isso esquenta muito. O nosso não vai ter. Na verdade, um campo com essa borracha nem é homologado pela Fifa. Para o gramado sintético, inclusive, a Fifa faz uma inspeção uma vez por ano, com uma semana de testes e tudo mais. É muito mais exigente do que para campos naturais“, completou Jomar.
Além do Allianz Parque, o Palmeiras ainda planeja colocar o mesmo tipo de grama sintética em pelo menos um dos três campos de treinamento na Academia de Futebol.
Menos lesões musculares
De acordo ainda com Jomar Ottoni, a mudança no piso do Allianz será benéfico para os jogadores, já que a tendência é que o número de lesões musculares diminua. Por outro lado, tendões e tornozelos são mais afetados.
Para isso, os treinamentos serão também diferentes para a prevenção de problemas.
“Há uma mudança de estilo de jogo, que compete ao treinador. E também há uma mudança no tipo de lesão. Os tendões e tornozelos sofrem mais por conta da absorção do impacto. Em um piso sintético, a troca de energia é maior, porque você empurra o chão para uma arrancada, para um salto, e o chão devolve tudo. Na grama há uma absorção da energia. Mas isso a gente consegue trabalhar a prevenção e não vai nos prejudicar. Na verdade, a tendência é até que haja menos lesões musculares“, finalizou o coordenador de fisioterapia.

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