A ferramenta Rating Integra divulgou o primeiro ranking das 26 entidades de todo país que participaram das pesquisas. As cinco com melhores desempenho ficam na região Sudeste.
“Nossa preocupação nos próximos anos é fazer com que os recursos que são públicos ou privados cheguem em benefício aos atletas, e que o esporte em si seja o foco”, afirma o medalhista olímpico Emanuel Rego. Com vários ex-atletas, dirigentes e patrocinadores reunidos em um hotel na manhã desta segunda-feira, 23, em São Paulo, Emanuel comentou sobre os resultados obtidos pelo primeiro Rating Integra. A ferramenta promove a análise de transparência e de métodos de governança corporativa em entidades e federações. Além de ter sido desenvolvida por ex-atletas em parcerias com empresas.
Sobre os resultados nesta primeira edição do Rating, foram analisadas 26 entidades de todo país. 46% são de pequeno porte, enquanto apenas 8% são de grande porte. A região sudeste concentra quase 7 de cada 10 entidades que tiveram no primeiro teste. Na média geral, o resultado foi 4,65. E somente 5 confederações e associações apresentaram resultados de excelência nos seguintes itens: prestação de contas para o governo, transparência das regras e políticas, normas e controles internos.
Destas 5 mais bem colocadas, 4 são ligadas ao COB (Comitê Olímpico do Brasil), e somenta uma é de fora do Rio de Janeiro, que é a Confederação Brasileira de Desportos de Neve, sediada em São Paulo. O vice-presidente do COB, Rogério Sampaio, destaca o trabalho realizado por estas confederações. “É um marco que demonstra que estamos avançando. Ficamos feliz porque das 5 entidades homenagiadas, 4 são do movimento olimpico, que são badminton, tenis de mesa, vela e desporto de neve. É um marco e demonstra como estamos avançando, não só o COB, mas todo esporte brasileiro”. A Associação Nacional Desporto para Deficientes fecha o ranking das 5 melhores.
Para Daniela Castro, diretora-executiva do projeto Pacto pelo Esporte, o Rating Integra foi um marco importante para o esporte brasileiro, já que engloba também as empresas. “Desde o início, o esporte brasileiro nunca se mobilizou com tantos atletas. É a primeira vez que empresas, entidades esportivas e atletas se reunem. O objetivo do rating é medir o grau de transparência e integridade das entidades, de forma voluntária. As empresas querem aumentar o investimento ao longo prazo no esporte, mas por meio de maior transparência. Isso dá uma segurança para quem investe”.
Na segunda parte do evento, também houve um destaque para a segunda edição do Rating Integra, que está disponível pelo site. Até novembro, as entidades e, agora, os clubes também podem participar da ferramenta que faz análises sobre a governância. Empresas que investem no esporte devem utilizar a ferramenta como condição para investimentos em clubes, igual fez a Algar. Ao renovar com o Santos, a empresa colocou a participação do clube santista na ferramenta como obrigatória nesta segunda edição do Rating.
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