Neném Prancha foi um dos grandes personagens do futebol brasileiro na primeira metade do século XX e prova disso é que fez de tudo nos gramados. Foi desde jogador nos anos 20 até roupeiro e massagista, mas sua principal função foi como treinador de categorias de base e olheiro.
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Nascido em 1906, em Resende, no Rio de Janeiro, se tornou personagem folclórico no mundo da bola por suas frases de efeito, muitas vezes sem sentido, mas cômicas para quem escutava.
O apelido de Neném foi dado logo em sua chegada à capital carioca, aos 10 anos. Ainda jovem, Antonio Franco de Oliveira, como nunca mais seria chamado, tinha mãos e pés alongados e magros. Seus conhecidos brincavam com suas extremidades e diziam que pareciam pranchas.
Iniciou seu trabalho no futebol como roupeiro do Botafogo, passou para o cargo de massagista até virar olheiro do clube que amou até o fim de sua vida.
Sua principal descoberta para o clube foi ninguém menos que Heleno de Freitas, reconhecidamente um dos jogadores mais talentosos do futebol nos anos 40.
Foi treinador de divisões de base e comandou Botafogo e Flamengo, onde foi o responsável por uma de suas últimas descobertas. Foi Neném quem enxergou em Junior um atleta extraclasse e o indicou para seguir carreira no Rubro-Negro.
As melhores frases
Neném Prancha ganhou o apelido de “Filósofo do Futebol” do jornalista Armando Nogueira, especialmente por falas que entraram para a história.
Muitas pessoas, porém, chegaram a duvidar da própria existência do fenômeno, já que alguns citavam Neném como um codinome para que jornalista pudessem jogar frases de efeito na mídia. Outros acreditavam em sua existência, mas diziam que Armando Nogueira e João Saldanha inventavam as frases para alavancar o modesto olheiro do Botafogo.
Veja algumas das frases que são creditadas a Neném Prancha:
“Pênalti é uma coisa tão importante, que quem devia bater é o presidente do clube.”
“Jogador de futebol, tem que ir na bola com a mesma disposição com que vai num prato de comida. Com fome, para estraçalhar.”
“Bola tem que ser rasteira, porque o couro vem da vaca e a vaca gosta de grama.”
“Se macumba resolvesse, o campeonato baiano terminava sempre empatado.”
“Se concentração ganhasse jogo, o time do presidío não perdia uma partida.”
“A cabeça é o terceiro pé.”
João Saldanha falava sobre Neném Prancha:
Segundo registros, Neném Prancha morreu em 17 de janeiro de 1976, aos 70 anos, no Rio de Janeiro.
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