Home Futebol Em despedida ao Inter, D’Alessandro faz duras críticas a jornalista colorado e elogia Renato: “Na tua frente, se calam”

Em despedida ao Inter, D’Alessandro faz duras críticas a jornalista colorado e elogia Renato: “Na tua frente, se calam”

Meia argentino Andrés D’Alessandro lembrou da figura do técnico Renato Portaluppi nesta segunda

Eduardo Caspary
Jornalista formado pela PUCRS em agosto de 2014. Dupla Gre-Nal.

De forma até certo ponto inesperada, o meia Andrés D’Alessandro convocou coletiva de imprensa para a tarde de segunda-feira e confirmou que não vai mais continuar no Inter depois do dia 31 de dezembro de 2020, que é quando encerra o seu contrato. Ele ainda não vai se aposentar e seguirá a carreira em outro clube.

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D’Ale, na longa coletiva de imprensa, fez duras críticas a um jornalista colorado que não teve o nome citado e ainda elogiou a forma como o técnico gremista Renato Portaluppi lida com a imprensa:

“Tem muita coisa que eu não gosto do Renato (Portaluppi), mas quando ele fala, muitos ficam com medo, se calam. Renato, vou concordar contigo. Eles querem destruir grupo, gestão, jogadores. Eu sou mais colorado que eles”, declarou D’Alessandro, antes de citar o caso específico de um jornalista.

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“Eu lembro muito bem de uma capa de jornal em 2009, feita por jornalistas que não merecem meu respeito. A capa foi o meu salário: o que eu ganhava por ano, mês, dia, minuto e segundo. Um deles disse ser muito colorado. Esse cara trabalhou aqui. Não trabalha mais, e agora voltou a bater no time (…) formador de opinião não é um cara que grava vídeo no YouTube. Ele não pode falar “esse cara é um burro”, como eu ouvi. Ninguém que joga aqui 12 anos é burro. Vocês estudam para ser jornalistas, não posso chamar vocês de burros”, acrescentou.

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Até o final de dezembro, D’Alessandro seguirá sendo peça a ser utilizada no elenco comandado por Abel Braga. Confira outros detalhes de sua coletiva de imprensa:

RELAÇÃO COM COUDET:

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“O que sei é que para o Celta de Vigo eu não vou (risos). O Coudet continua a ser meu amigo, mas respeito as decisões. A nossa amizade sempre ficou fora do campo e do dia a dia do clube. Eu gostaria de ter sido mais aproveitado, isso sim. Sempre fiquei à disposição até porque eu preciso respeitar primeiro o clube e depois os meus colegas. Ficar tanto tempo não me dá direito de passar da linha. Volto a repetir: gostaria de ter sido mais aproveitado porque me sentia pronto”

ELOGIOS A ABEL BRAGA:

“A minha motivação é a mesma. Vou fazer tudo que o técnico precisar. Aqui eu agradeço o Abel Braga por ter vindo. Um dos mais vitoriosos da história do clube. Não precisava ter voltado para dar uma força pro clube. Poderia ter ficado no Rio de Janeiro descansando com a sua família, com a sua melhor. Todos nós sabemos da tragédia pessoal que ele teve. Mas ele veio para ajudar”

CLUBE UNIDO:

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“Eu senti nesses 12 anos que nem todo mundo é colorado. Que nem todo mundo quer o bem do clube. Eu conheci muitas pessoas. Nem tudo que parece ser é o que é. Gostaria de um clube mais unido e sem tanta falta de respeito”

CRÍTICAS A ESPECÍFICO TORCEDOR:

“Ontem eu recebi um tuíte de um torcedor, parece que é candidato a conselheiro do Inter, Luciano Pontes: “Esse gringo 171 que só se arrasta em campo”. Ele pode não gostar do meu futebol. Mas ele tem que respeitar o meu caráter e a minha índole. Eu nunca desrespeitei ele. O Twitter é o lugar dos covardes e continua sendo”

DECISÃO NÃO MUDARIA SE COUDET CONTINUASSE:

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“O passo mais difícil é me desligar do clube. Não é uma decisão de cabeça quente, não é ter ficado fora da Copa do Brasil, não é a saída do treinador. Mesmo se ele tivesse a frente do grupo eu teria tomado essa decisão”

ERA O MOMENTO DE ANUNCIAR?

“Eu pensei em tudo. Nunca vai ter um melhor momento. Eu gostaria estar aqui anunciando que vou encerrar minha carreira no clube. Mas não vai ser isso. Acho que não seria bom anunciar depois da primeira partida contra o Boca, ou depois da segunda, por causa do resultado que tiver. A partida com o Boca será importantíssima com uma das equipes mais fortes da América. Apesar dos últimos resultados, eles vêm em uma situação parecida com a nossa. Mas Libertadores é diferente. Enfrentaremos como uma final”

CONTATO COM O ELENCO

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“Eu vou falar hoje com o grupo porque eles precisam saber e eu sempre fui um cara esclarecido. Preciso falar com o meu grupo. Vai ser muito difícil falar com eles e com os funcionários”.

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