Gazeta transmitirá última partida de Garrincha no futebol neste domingo (14)
Jogo envolveu um combinado brasileiro contra uma equipe de estrangeiros, em 1973, no Maracanã, e foi a despedida do Mané
Reprodução
A moda das ‘transmissões retrô’ enquanto o futebol brasileiro não retoma suas atividades seguirá neste domingo (14). Desta vez, a partida a ser transmitida é a despedida de Garrincha do futebol, em 1973.
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A Gazeta transmitirá neste domingo no Mesa Redonda, segundo informação do Uol Esporte, a última partida do bicampeão mundial com a seleção brasileira em 1958 e 1962. Esta foi disputada entre uma representação brasileira e um combinado de atletas estrangeiros.
A partida será reexibida às 21h de domingo dentro do programa de debates esportivos. A narração será a mesma da época da partida, feita por Peirão de Castro, narrador ex-Gazeta e Band entre as décadas de 60 e 80, apresentando o Mesa Redonda.
A despedida de Garrincha
Em 19 de dezembro de 1973, um combinado de atletas brasileiros (identificado como a própria Seleção) enfrentou um combinado de atletas estrangeiros para homenagear Garrincha. O Anjo de Pernas Tortas jogava na época no Olaria, depois de não mais encontrar o sucesso desde sua saída do Botafogo.
A partida, chamada de ‘Jogo da Gratidão’, serviu para homenagear o Mané, com toda a renda da partida (cerca de US$ 155 mil) revertida para o jogador, que comprou uma casa, apartamentos para as filhas e uma casa de shows com o dinheiro obtido por causa da partida.
150 mil pessoas foram ao Maracanã ver o duelo. A equipe brasileira iniciou com praticamente o time que havia sido tricampeão mundial três anos antes, no México. Dos titulares daquela Copa, apenas Tostão e Gérson não jogaram, com Garrincha e Paulo César Caju assumindo seus lugares.
O Mané começou como titular e deixou o gramado aos 30 minutos de partida, recebendo a saudação da torcida que compareceu ao Maraca para ver pela última vez o ídolo em campo. Por sua vez, o time de estrangeiros reunia alguns dos atletas de fora de maior destaque no Brasil, como o vascaíno Andrada, os são-paulinos Forlán e Pedro Rocha e Doval, ídolo de Flamengo e Fluminense.
Brindisi, astro da época da Argentina, abriu o placar para o selecionado internacional. Pelé empatou o jogo para a equipe brasileira e Luís Pereira marcou o gol da vitória, de virada, sacramentando o resultado de 2 a 1.
Ficha técnica
Brasil 2 x 1 Combinado de Estrangeiros
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Público: 150 mil pessoas
Árbitros: Armando Marques (1º tempo) e Arnaldo César Coelho (2º tempo)
Brasil
Félix (Leão); Carlos Alberto Torres (Zé Maria), Brito (Luís Pereira), Piazza e Everaldo (Marinho Chagas); Clodoaldo (Zé Carlos) e Rivelino (Manfrini); Garrincha (Zequinha (Luisinho Lemos)), Pelé (Ademir da Guia), Jairzinho (André Catimba) e Paulo César Caju (Mário Sérgio)
Técnico: Zagallo
Combinado de Estrangeiros
Andrada; Forlán, Alex, Reyes (Olevanski) e Bruñel; Pedro Rocha e Dreyer; Houseman (Babington), Doval, Brindisi e Onishenko (Levtchev)
Técnico: José Poy
Gols: Brindisi (EST), Pelé e Luís Pereira (BRA)
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