Home Automobilismo Equipes de F1 têm limite de gastos em 2021; veja outras mudanças no regulamento

Equipes de F1 têm limite de gastos em 2021; veja outras mudanças no regulamento

Teto de 145 milhões de dólares não inclui salários dos pilotos; carros também estão mais pesados e eletrônica foi limitada

Por Fernando Cesarotti em 26/03/2021 18:15 - Atualizado há 5 anos

@F1/Twitter

A Fórmula 1 prometia uma mudança “revolucionária” no regulamento para 2021. A ideia era tornar os carros menos dependentes da pressão aerodinâmica, a fim de deixar as corridas com mais disputas de posição e, assim, mais empolgantes. Mas veio a pandemia, o improviso no calendário e as mudanças radicais foram adiadas para 2022.

Isso não significa, contudo, que 2021 seja uma mera continuação de 2020. Há algumas mudanças significativas para a temporada que começou nesta sexta-feira, com os treinos livres para o GP do Bahrein, liderados por Max Verstappen, da Red Bull. A mais importante delas é a adoção de um teto de gastos, de US$ 145 milhões.

É um caminhão de dinheiro, sem dúvida, cerca de R$ 830 milhões. Mas é cerca de um terço do que as equipes de ponta gastavam até 2019, antes da adoção do limite: naquele ano, Mercedes, Ferrari e Red Bull investiram em torno de US$ 450 milhões cada uma.

O teto, no entanto, não inclui um dos principais gastos: o salário dos pilotos. Só Lewis Hamilton recebia cerca de US$ 50 milhões por ano apenas da Mercedes, de acordo com especialistas. Também não entram os salários dos três funcionários mais bem pagos e os custos com marketing.

Inovação com economia

A Fórmula 1 já foi o auge da tecnologia automotiva, com experiências que visavam à evolução dos carros de rua; Hoje, porém, em nome do equilíbrio esportivo, a categoria adotou medidas que vão na contramão da inovação. Por exemplo, o uso de materiais mais pesados para a produção dos carros.

Isso impacta em outro ponto do regulamento: o peso mínimo dos carros, que chegou a 752 quilos. Segundo a FIA, a ideia era evitar inovações com “custos proibitivos” que pudessem ampliar o abismo entre as equipes.

Outras mudanças, mais técnicas, diminuem a possibilidade de ajustes eletrônicos dentro do carro, pelo piloto, a partir do volante. Um dos sistemas proibidos foi o DAS, usado pela Mercedes para mudar o alinhamento e o balanceamento das rodas.

Também de olho na economia, há limites para trocas de conjuntos de peças, como câmbio e partes do motor. O excesso de trocas é punido com perda de posições no grid de largada.

Gastos cada vez menores

A previsão é que o teto de gastos, inclusive, seja reduzido ainda mais: para US$ 140 milhões, em 2022, e US$ 135 milhões, a partir de 2023. Além disso, as equipes tiveram liberação para investir mais US$ 45 milhões em infraestrutura e maquinário de suas fábricas, num período que vai até janeiro de 2024.

O resultado de tais medidas começa a ser visto para valer neste domingo, com o GP do Bahrein, em Sakhir. Será a primeira das 23 provas previstas para 2021, o maior calendário da história da categoria.

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