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Benja pede para Flow retirar sua entrevista do ar após fala de Monark sobre nazismo

Apresentador do Arena SBT e ex-comandante do Fox Sports Rádio na TV fechada é judeu e seu pai fugiu da Alemanha durante regime totalitário

Por Wemerson Ribeiro em 08/02/2022 11:58 - Atualizado há 4 anos

Reprodução / Youtube

O apresentador Benjamin Back, do Arena SBT, publicou uma mensagem hoje (8) no Twitter pedindo para que sua entrevista ao Flow Sports fosse retirada do ar. A solicitação foi uma maneira encontrada pelo paulista de repudiar a fala do influencer Monark sobre o nazismo ontem.

Benja participou do podcast no dia 1º de outubro do ano passado e foi entrevistado pelos criadores de conteúdo Igor 3k e Davy Jones. Naquela formação, o tema central foi o a relação do apresentador com o esporte, além de sua paixão pela música e o carinho pelo rock.

Monark e o nazismo

O motivo do repúdio de Benjamin Back foi o discurso feito por Monark em conversa com os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (Podemos). Durante sua fala, ele defendeu a ideia da existência de um partido nazista no Brasil em virtude da liberdade de expressão.

Benja se disse arrependido por ter participado do programa e pediu para que sua entrevista fosse retirada do ar:

“Flow, se eu soubesse que vocês apoiam o nazismo, jamais teria participado desse podcast! Inclusive, gostaria que o meu episódio fosse retirado do ar, pois não compactuo com esse tipo de pensamento! Triste de saber que vocês pensam assim, tolerar e apoiar o nazismo é inadmissível!”
A proximidade de Benja com os efeitos do nazismo vai além de sua religião judeia. O pai do apresentador fugiu da Alemanha durante o regime totalitário e se instalou na Bolívia antes de conseguir entrar no Brasil. Já sua mãe, polonesa, encarou um voo para Belém, no Pará, para escapar da perseguição antissemita.
“Meu pai era alemão, nascido em Berlim e chegou , quando criança, a ver Hitler de perto. Conseguiu fugir com meus avós, uma tia e uma prima. O resto, mataram todo”, disse Benja em entrevista à Conib (Confederação Israelita do Brasil) no ano passado.
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