Ex-lateral do Grêmio diz ter realizado sonho e recorda quando se impressionou com a torcida no Olímpico
Júlio César, ex-lateral do Grêmio, voltou a falar dos momentos vividos no clube ao Charla Podcast
Foto: Montagem com imagens de divulgação
Contratado pelo Grêmio junto ao Fluminense no meio da temporada de 2011, o ex-lateral-esquerdo Júlio César, já aposentado dos gramados, guarda com muito carinho a passagem que teve pelo tricolor e principalmente o apoio incondicional que era visto na época nas arquibancadas do Olímpico. No antigo estádio gremista, um jogo vem de forma mais emblemática à memória de Júlio.
Foi no duelo vencido de virada pelo Grêmio por 4×2 sobre o Flamengo, no Brasileirão daquele ano, quando a torcida gremista enfim se reencontrou com Ronaldinho Gaúcho depois de um longo tempo:
“O jogo contra o Ronaldinho Gaúcho lá… foi lá no Olímpico, todo mundo com máscara de traíra, aí ele pegava na bola e vinha um barulho da torcida que eu nunca ouvi. O time do Flamengo era muito bom com Deivid, Renato Abreu, Thiago Neves. Era 2011. Parecia final de Copa do Mundo. Lotado só pra vaiar o Ronaldinho. E você via no rosto dele que ele estava sentindo. Chegando no estádio, parecia que a gente estava em guerra. A gente virou o jogo”, apontou o ex-lateral.
Júlio jogou em outros grandes brasileiros como Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo e Cruzeiro. Mas para ele, em se tratando de clássico, nada se compara ao Gre-Nal:
“Era um sonho que eu tinha. Enfrentei o Grêmio muitas vezes e a torcida no Olímpico era sensacional. O ambiente muito bom. Aquele time do Felipão me marcou na infância. Quando me chamaram, não pensei duas vezes. Cheguei com o time brigando pra não cair, com o Celso Roth. O Fluminense não queria me liberar. O Celso me chamou para estrear em um Gre-Nal e eu disse que jogaria. Não ganhávamos do Inter no Olímpico há alguns jogos e jogamos muito esse jogo”, destacou, antes de aprofundar sobre o clássico:
“Gre-Nal é guerra. Rivalidade é enorme, a cidade respira futebol. Cidade teoricamente pequena. No Rio de Janeiro você tem quatro clubes, surfistas, atores, pagodeiros. Em Porto Alegre não. Tanto que o Renato lá é Deus, tinha que morar em hotel. Chuteira vermelha no Grêmio não existe, carro vermelho também não”, concluiu.


