Piloto da Fórmula 1 protesta contra FIA, perde licença, e tem futuro incerto devido à guerra da Rússia

Daniil Kvyat, piloto da Fórmula 1, está sem emprego após não concordar em assinar o código de conduta apresentado pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) aos russos e bielorrussos, devido aos ataques contra a Ucrânia. Desta vez, Kvyat estaria no Campeonato Mundial de Endurance, mas diante da recusa, teve a perda da licença para pilotar.

Entre as imposições do código da FIA estão, além de outras coisas, que pilotos da Bielorrusia e Rússia não falem sobre a guerra nas redes sociais ou que usem, de alguma forma, qualquer símbolo que se refira aos seus países. E o documento abrange todas as categorias automobilísticas, como WEC e a Fórmula 1. Ainda, nesta semana, Daniil Kvyat afirmou que espera uma solução pacífica, quando perguntado sobre a guerra entre Ucrânia e Rússia.

“O esporte deve permanecer fora da política. Proibir atletas e equipes de participar de competições mundiais porque são russos é uma solução injusta e vai contra o que o esporte nos ensina a unidade e a paz”, escreveu Kvyat nas redes sociais, discordando do documento da FIA.

Em protesto, a equipe de Kvyat desistiu do Mundial de Endurance e deixou o piloto que esteve na fórmula 1 até 2020, sem perspectivas para o restante de 2022. O chefe da G-Drive, Roman Rusinov, que também é russo, alegou que a FIA passou a discriminar os russos e bielorussos. E que, além disso, seria melhor não correr do que aceitar não poder ouvir o hino da Rússia.

Quando esteve na Fórmula 1, Daniil Kvyat somou 112 GPs. Todos realizados entre 2014 a 2020, como piloto titular de equipes ligadas à Red Bull. Tanto na principal quanto na Toro Rosso, time secundário e atualmente conhecida como AlphaTauri. Além disso, foi piloto de testes na Alpine durante a última temporada e não renovou contrato para 2022. Enquanto as sanções continuarem para os atletas russos devido à guerra, Kvyat seguirá sem uma definição durante a temporada.