14 clubes do Brasileirão divulgam comunicado sobre a Liga Brasileira
Liga Brasileira acabou não sendo criada na manhã desta terça-feira após pontos divergentes na reunião; 14 clubes do Brasileirão divergem
CBF
Uma lista de 14 clubes integrantes do Brasileirão Série A divulgaram na noite desta terça-feira (3) um comunicado oficial para explicar os motivos que não levaram os mesmos à não assinatura do contrato em reunião realizada durante a manhã.
Os clubes América-MG, Atlético-MG, Athletico Paranaense, Atletico-GO, Avai, Botafogo, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional e Juventude afirmaram que não concordaram completamente com os critérios de divisão financeira apresentadas pelos clubes responsáveis pela reunião.
Red Bull Bragantino, Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Santos e São Paulo foram os clubes responsáveis pela organização de uma reunião que contou com momentos de tensão e discordância em São Paulo.
O próximo encontro está marcado para a próxima quinta-feira, dia 12 de maio, na sede da Confederação Brasileira de Futebol no Rio de Janeiro.
Veja a nota dos 14 clubes do Brasileirão sobre a Liga
“Os clubes signatários receberam, na última sexta-feira, a convocação para a reunião realizada nesta terça-feira (03/05/2022) em São Paulo, com o objetivo de discutir os termos da criação da Liga de futebol profissional brasileira.
Os clubes prontamente se dispuseram a comparecer ao encontro, a despeito da convocação emergencial, demonstrando, com isso, que estão absolutamente cientes e engajados na formalização da entidade, com ampla adesão das Séries A e B.
Entre as muitas razões para a formação da liga está a premente necessidade de se elevar o nível de qualidade do futebol brasileiro, resgatando seu protagonismo no cenário mundial. O caminho para alcançar este objetivo é, sim, a construção de um campeonato forte, com clubes revitalizados e um padrão de equanimidade nas condições de disputa.
A ideia da liga tem o mérito de prever maiores receitas para os clubes, que poderiam conviver em um ambiente mais equilibrado financeiramente. Porém, as condições apresentadas para a incorporação das agremiações à Liga ainda não permitem exatamente o cumprimento do objetivo principal, que é a busca de uma equanimidade entre os clubes.
O documento apresentado e por ora assinado apenas por alguns Clubes apresenta regras de distribuição de receitas que pouco reduzem a atual disparidade de divisão de receitas. Há sim ali uma redução da diferença, mas ainda aquém do ideal, o que pode ser facilmente atingido por meio do diálogo.
Entre as várias questões a serem discutidas, os aspectos principais são o percentual previamente definido para a distribuição de receita igualitária, o limite a ser estabelecido como diferença de receita entre o primeiro e o último clube da competição. Há, ainda, outros pontos a serem debatidos, sobretudo no que tange ao critério de engajamento, mas que podem ser objeto de aprofundamento após o efetivo ingresso dos Clubes signatários na Liga.
Os clubes signatários desta carta se dispõem a assinar a formação da Liga tão logo seja possível uma análise aprofundada sobre os critérios mencionados, além de outros, de menor impacto e que podem ser analisados no momento oportuno, mas igualmente importantes, razão pela qual confiam que, até a próxima reunião, com possíveis avanços no entendimento de solucionar tais pontos será possível chegarmos a uma adesão de Clubes em maior número e com isso a formalização da Liga com muita força e unidade.
América-MG, Atlético-MG, Athletico-PR, Atletico-GO, Avai, Botafogo, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude”

