Copa do Catar terá proibição inédita no torneio que pode levar a sete anos de cadeia, diz jornal
Leis do país são bem diferentes das presentes no Ocidente
Shaun Botterill/Getty Images
A expectativa para a Copa do Mundo do Catar só cresce com o passar dos meses. Disputada entre novembro e dezembro, a edição de 2022 será a primeira realizada no Oriente Médio e a última no atual formato, com 32 seleções. A FIFA já anunciou que a Copa de 2026 terá 48 equipes.
A competição já acumula uma série de escândalos mesmo antes de começar, principalmente em relação à construção dos estádios. O jornal inglês The Guardian informou, em fevereiro, que pelo menos 6,5 mil trabalhadores imigrantes perderam a vida desde o início das obras. No mês passado, um grupo de organizações cobrou da FIFA ao menos 440 milhões (mais de R$ 2,2 bilhões) para esses trabalhadores que tiveram direitos básicos violados.
Entre tantas polêmicas, o jornal inglês Daily Star revelou mais uma. De acordo com o veículo, os torcedores que tiverem relações sexuais com pessoas que não sejam marido ou esposa serão presos, com uma pena de sete anos. Esta prática, assim como relações homoafetivas e consumo de álcool, é considerada criminosa no Catar. Será a primeira Copa da história, dentre as 21 já realizadas até agora, em que isso ocorrerá. O jornal ainda noticia que há relatos de pessoas que, por terem sobrenomes diferentes, foram abordadas em hotéis e pousadas.
A FIFA, por sua vez, diz que está trabalhando arduamente para garantir a segurança de cada um dos torcedores que estarão presentes. Ainda, ressalta que “todos são bem-vindos” na Copa. Posicionamentos que, diante do exposto, parecem, no mínimo, controversos.
Em dezembro do ano passado, o presidente do comitê organizador da Copa, Nasser Al-Khater, confirmou que não serão permitidos “comportamentos homossexuais”.

