Demitido pelo Flamengo, Paulo Sousa ficou queimado na Polônia: “Saiu como um traidor”
Treinador interrompeu trabalho na Europa, mas não conseguiu ter sucesso à frente do clube carioca
Gilvan de Souza/Flamengo
Apesar da possibilidade de comandar a Polônia na Copa do Mundo, Paulo Sousa tomou a decisão de rescindir com a seleção polaca para fechar com o Flamengo, já que seus compatriotas, Jorge Jesus e Abel Ferreira, conseguiram ter sucesso no Brasil. Apesar das altas expectativas, o técnico não conseguiu desenvolver um bom trabalho no Rubro-Negro, algo que culminou em sua demissão.
O Clube de Regatas do Flamengo informa que o treinador Paulo Sousa e sua comissão técnica não comandam mais o time profissional.
— Flamengo (@Flamengo) June 9, 2022
A atividade da próxima sexta-feira (10) será dirigida por Mario Jorge, técnico do sub-20. #CRF
Em entrevista ao podcast Glória Eterna, Roger Guerreiro, brasileiro naturalizado polonês, relatou como a imagem de Paulo Sousa ficou arranhada no país. Por ter jogado no Flamengo, ele recebeu ligações sobre a saída do treinador, que se desligou do cargo antes de uma partida decisiva pelas Eliminatórias.
“(Na época da contratação) eu recebi bastante ligação de lá, por saberem que eu joguei no Flamengo. Falaram que lá na Polônia ele saiu como um traidor, um judas, porque falou que iria ficar e largou antes de um jogo bem importante para a Polônia, para a classificação para a Copa do Mundo”, disse.
“Então o pessoal ficou bem chateado mesmo com ele lá. Mas no fim das contas acabou sendo bom, porque a Polônia acabou classificando para a Copa e hoje estão com um treinador oriundo do país”, acrescentou.
Para rescindir com a Polônia, Paulo Sousa desembolsou 300 mil euros (R$ 2 milhões na época). Com a saída antecipada do português, o Flamengo, segundo o jornalista Venê Casagrande, terá que pagar R$ 5,8 milhões, valor que teve uma redução por conta da ausência de impostos.
