Home Futebol Jornalista critica amistosos do Brasil: “É igual um nadador se preparar em uma piscina inflável”

Jornalista critica amistosos do Brasil: “É igual um nadador se preparar em uma piscina inflável”

Seleção brasileira derrotou o Japão por 1 a 0 na manhã de hoje

Por André Salem em 06/06/2022 11:28 - Atualizado há 4 anos

Kenta Harada/Getty Images

Na manhã desta segunda-feira (06), a seleção brasileira derrotou o Japão por 1 a 0 em amistoso preparativo para a Copa do Mundo, que começa em novembro desse ano. Anteriormente, na semana passada, o Brasil havia derrotado a Coreia do Sul por 5 a 1.

Para o jornalista Vitor Guedes, em sua coluna no UOL Esportes, esses amistoso não preparam a seleção para a Copa do Mundo.

“Vencer o Japão por 1 a 0 e golear a Coreia do Sul por 5 a 1, ajudam tanto a preparar o Brasil para os verdadeiros desafios que esperam a seleção no Mundial quanto nadar em uma piscina inflável de mil litros prepara um nadador para atravessar o canal da Mancha”, brincou o jornalista, que em seguida, faz outras comparações:

“Tanto os resultados quanto os desempenhos canarinhos contra as fraquíssimas seleções asiáticas têm a mesma importância que a pílula azul para disfunção erétil tem na vida de um eunuco: nenhuma!”

“Sabe o que essa turnê por Japão e Coreia vai influenciar no desempenho brasileiro contra a Sérvia, na estreia brasileira na Copa? O mesmo que a semana cheia de trabalho de Paulo Sousa interferiu no rendimento do Flamengo contra o Fortaleza”, afirma o jornalista Vitor Guedes.

Preparações para Copa do Mundo

Depois, o jornalista diz que esses amistoso, há seis meses da Copa do Mundo, não é parâmetro para nada. Futebol é momento e quem está bem hoje, não necessariamente estará bem no final de novembro.

“A verdade é que o tal ciclo de Copa é supervalorizado e, à vera, não é parâmetro para absolutamente nada. Por exemplo, Raí começou 1994 como capitão, Juninho Paulista era titular em 2002 e hoje ninguém tem muita dúvida da importância tática de Mazinho e Kleberson para, respectivamente, o tetra e o penta… Por razões diferentes, Romário e Ronaldo não participaram da maior parte da preparação para os Estados Unidos-1994 e para Coreia/Japão-2002… E daí?”

“O Brasil de 1970 dirigido por Zagallo, até hoje considerado o maior time das histórias da Copa, não tem nada a ver no esquema e na escalação com o time comandado pelo grande João Saldanha na qualificação”, relembra o jornalista, que emenda:

“Mundial é um torneio de um mês, sete jogos e que importa o que rolar só naquele período. Levar em conta o período prévio pode levar a distorções como manter Gabriel Jesus na Rússia em péssima fase em nome da boa atuação nas Eliminatórias”.

Brasil é favorito?

Para o jornalista Vitor Guedes, o Brasil tem chance sim de conquistar a Copa, mas isso vai depender muito de como os jogadores estiverem em novembro e como Tite irá escalar a equipe.

“O Brasil, pela camisa e número de bons jogadores, sempre vai ser candidato. No Qatar, terá mais chance se Tite levar em conta quem estiver bem quando novembro chegar. E mais chance ainda se Vinícius Júnior e Neymar estiverem vivendo boas fases. E, sem ser mãe Dinah, não custa dar uma rejuvenescida na defesa para aguentar o ritmo da Copa. Daniel Alves e Tiago Silva, lado a lado, é muito história e pouca vitalidade”, finaliza o jornalista.

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