Barcelona investe em reforços, mas pode ter futuro econômico incerto

O Barcelona gastou 103 milhões de euros (R$ 573 milhões) para se reforçar nesta janela de transferências. Com o objetivo de conquistar títulos e voltar a ser uma potência do futebol mundial, o clube catalão investiu 45 milhões de euros (R$ 250 milhões) na contratação de Lewandowski (ex-Bayern de Munique) e 58 milhões (R$ 323 milhões) na negociação para ter o brasileiro Raphinha (ex-Leeds). 

Christensen (ex-Chelsea) e Kessié (ex-Milan) chegaram a custo zero. Apesar disso, os jogadores terão altos rendimentos, o que fará com que a folha salarial do clube aumente significativamente. Além disso, o Barça mira outros jogadores para fortalecer seu sistema defensivo. Entre eles, Azpilicueta e Marcos Alonso, que pertencem ao Chelsea. 

No entanto, embora o clube empolgue seus torcedores e agite a janela do mercado da bola, um questionamento permeia o noticiário esportivo e as rodas de conversa entre os adeptos do esporte: o Barça não está em crise financeira? 

Tanto que o técnico do Bayern de Munique, Julian Nagelsmann, chegou a declarar que “o Barcelona é o único clube no mundo que consegue comprar jogadores sem ter dinheiro”. 

A resposta é simples: sim! 

Entretanto, o presidente Joan Laporta vem adotando algumas ações desde o seu retorno ao clube (março de 2021) para solucionar esses problemas, como realizar cortes em salários de atletas que custam alto à equipe e negociar jogadores com rendimentos elevados e baixo desempenho em campo. 

Para se reforçar nesta janela, porém, Laporta optou por ativar as “alavancas econômicas”, caracterizadas por medidas que visam o levantamento de recursos econômicos a curto prazo. 

Uma delas é a venda de 10% dos direitos econômicos de La Liga pelos 25 anos seguintes, resolução que rendeu 200 milhões de euros aos cofres do clube. Ademais, o clube está prestes a vender mais 15%, o que renderia mais 333 milhões de euros. 

As palavras do jornalista Marcelo Bechler (TNT Sports) são importantes para compreendermos as ações do Barcelona. “A médio e longo prazo, esses 25% podem fazer muita falta”, disse o jornalista em seu perfil no Instagram. 

No entanto, ele destacou que sem esse dinheiro o clube ficaria sem reforços e teria que vender jogadores. Além disso, ficaria mais fraco e poderia até ficar de fora da Champions League.  

Por isso, para o Barça, “é melhor perder os 25% dos direitos de TV dos próximos anos, mas com esse dinheiro antecipado manter um time competitivo, e um clube competitivo faz um time atrativo”, afirmou o Bechler.  

Contudo, como as contratações do mundo do futebol também são investimentos de risco, se o Barcelona voltar a ganhar títulos, as ações de Laporta serão aplaudidas. Por outro lado…