F1: Ferrari diz que motor de 2022 é o mais potente em 25 anos
Mattia Binotto, chefe da Ferrari, fala sobre desempenho do carro e a importância da unidade de potência na F1
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Logo após dois anos difíceis para os carros Ferrari, parece que 2022 vem sendo de redenção para a equipe italiana.
Um dos motivos para o bom momento da equipe na F1, está atrelado aos ganhos no motor. Esse é um dos diferenciais que ajudou a Ferrari a reduzir a diferenças para as rivais.
Mesmo não sendo possível saber sobre o desempenho dos motores, os testes em Maranello já mostravam um bom horizonte para a Ferrari, sendo ainda superior ao projetado por Mattia Binotto.
“Tínhamos mais clareza sobre a unidade de potência, sim, porque sabíamos onde estávamos, os regulamentos eram consistentes“, disse ao Motorsport.com.
Além disso, ele diz que não via esse potencial de desenvolvimento a muito tempo na Ferrari.
“Na unidade de potência, estabelecemos grandes números em termos de objetivos e o que vi que fomos capazes de desenvolver durante a temporada passada para o motor de 2022, em mais de 25 anos em Maranello, eu nunca vi. Isso mostra o quanto a equipe foi capaz de entregar. Então isso foi ótimo”, elogiou Binotto.
Ferrari e a confiabilidade do motor na F1
Mesmo com o bom desempenho, o motor da Ferrari passou por momentos de desconfiança dentro do grid e da equipe.
Isso porque, em duas oportunidades, Charles Leclerc abandonou a corrida, que estava liderando, por problemas na unidade de potência. Já Carlos Sainz teve problemas no motor quando ocupada a 3ª posição na Áustria.
Perguntado a respeito dessa confiança do motor, após a paralização do desenvolvimento, Binotto falou sobre os processos na F1.
“Não sei se está indo longe demais, porque aumentar o desempenho nunca é suficiente. Certamente, priorizaremos o desempenho em vez da confiabilidade. O que isso significa? Que talvez tenhamos um plano de homologação curto”, enfatizou Binotto.
Além disso, ele reforçou que com um menor tempo no desenvolvimento pode gerar consequências a longo prazo.
“Mais do que isso, tanto na unidade de potência, como nas demais, temos restrições de horas do dinamômetro e essas restrições vêm influenciando no resultado, porque em outros períodos sem restrições, você simplesmente vai multiplicar o esforço no dinamômetro para desempenho e confiabilidade”, disse chefe da equipe na F1.
Por fim, ele reforçou que os problemas com a unidade de potência já era algo esperado.
“Experimentar falhas na pista, que não são problemas totalmente conhecidos em comparação com o banco de testes, podem ser problemas que estão chegando simplesmente porque estamos adicionando experiência a um projeto muito verde“, finalizou o chefe da Ferrari.

