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Ganso elege três principais camisas 10 do futebol brasileiro na atualidade

Meia do Fluminense apontou craque que possui sua admiração pelo jeito de comandar o time em campo

Por Bruno Romão em 20/08/2022 10:17 - Atualizado há 3 anos

MARCELO GONCALVES/FLUMINENSE FC

Em entrevista à revista Placar, Paulo Henrique Ganso avaliou a escassez de camisas 10 no futebol atual. Por conta do dinamismo exigido dentro das quatro linhas, os jogadores mais técnicos estão com cada vez menos espaço, já que atletas velozes e capazes de cumprir mais funções táticas vem recebendo prioridade desde a formação na base.

Apesar disso, Ganso acredita que três nomes que atuam no Brasileirão ainda possuem a essência do meia clássico. Inicialmente, Arrascaeta, do Flamengo, e Raphael Veiga, do Palmeiras, foram citados. O uruguaio, inclusive, foi alvo de elogios, já que se trata de um maestro completo. Por fim, Nacho Fernández, do Atlético-MG, esteve no seleto grupo, mas com uma ressalva importante.

“Tem o Arrascaeta e o Veiga, que gosto muito de assistir. Tudo bem, talvez o Veiga não seja bem um 10 e mais um meia-atacante que finaliza jogadas, mas pode ser esse cara, também, se trabalhado. Talvez o Nacho Fernández, do Galo, mas no caso dele ainda prefiro quando atua como um segundo homem de meio, terceiro…”, disse.

Ganso criticou falta de ousadia dos técnicos

Na visão de Ganso, existe um medo dos técnicos em utilizar um sistema mais ofensivo. Isso porque o risco de demissão, presente constantemente no Brasil, faz com que os profissionais adotem um esquema conservador. Em contrapartida, Fernando Diniz possui uma percepção diferente, motivo que fez o meia ganhar espaço no Fluminense.

“Eu acho que sim, mas os treinadores têm muito medo de perder hoje e isso inibe o surgimento. Entenda: o cara fica sem vencer três partidas e é mandado embora. Vai colocar mais um volante ou um meia? Vai colocar o time para marcar ou jogar bonito? Hoje, temos pouquíssimo improviso nos jogos, falta muito isso. (…) Cada um tem sua maneira de treinar. o Fernando (Diniz) deixa o cara à vontade e tem prazer de ter a bola. Junta isso com a confiança que ele passa para cada um, é algo perfeito. Ele lembra muito bem a essência do futebol brasileiro e, por isso, acabamos conseguindo sempre ter uma ótima conexão. Eu aprendo todos os dias com ele, sem exageros. Ele sempre traz algo novo, não vou falar abertamente o que, mas são coisas que ele fala e que, de fato, acontecem em campo”, afirmou.

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