Home Esportes Olímpicos Natação: romeno de 17 anos bate recorde mundial que era de Cesar Cielo desde 2009

Natação: romeno de 17 anos bate recorde mundial que era de Cesar Cielo desde 2009

David Popovici venceu os 100 m livre na final do Campeonato Europeu da modalidade com o tempo de 46s86, 0s05 abaixo da marca do brasileiro

Por Fernando Cesarotti em 13/08/2022 15:37 - Atualizado há 3 anos

Clive Rose/Getty Images

O romeno David Popovici, de 17 anos, derrubou um dos recordes mundiais mais antigos da natação ao vencer neste sábado a prova dos 100 m livre no Campeonato Europeu, disputado em Roma, na Itália.

Ele marcou 46s86, cinco centésimos abaixo do recorde anterior, estabelecido em 2009 pelo brasileiro Cesar Cielo durante o Campeonato Mundial. Curiosamente, na mesma piscina do Foro Itálico, complexo esportivo da capital italiana.

Em junho, Popovici já havia sido campeão mundial da prova – e também dos 200 m livre – no Mundial da modalidade, em Budapeste, na Hungria. Na ocasião, marcou 47s13 nas semifinais, novo recorde mundial júnior, mas venceu a final com tempo bem mais lento, 47s58. Nos 200 m livre, também obteve novo recorde mundial júnior na final, com 1min43s21.

O romeno apareceu para as provas de competição no ano passado, quando levou três medalhas de ouro no Europeu Júnior, disputado também em Roma. Venceu os 50 m, os 100 m e os 200 m livre, além de ajudar sua equipe a ser prata no revezamento 4×100 m livre. Ele foi para as Olimpíadas de Tóquio-2020, mas não conseguiu pódio: terminou em sétimo nos 100 m e em quarto nos 200 m.

Nascido em setembro de 2004, David Popovici tinha quatro anos quando Cielo bateu o recorde mundial que ele quebrou neste sábado.

Cielo “secou” nadadores em Tóquio-2020

Já aposentado, Cesar Cielo comentou as provas de natação das Olimpíadas de Tóquio-2020 pelo SporTV, no ano passado, e marcou sua participação por torcer pelos brasileiros e “secar” os competidores que podiam ameaçar seus recordes mundiais.

Mas ele ainda detém um recorde mundial, nos 50 m livre, com o tempo de 20s98, estabelecido em dezembro de 2009, em São Paulo, numa prova especial realizada justamente com esse objetivo.

Na época, era a data-limite para o uso dos chamados “supertrajes”, que reduziam o atrito com a água e foram em seguida proibidos pela Fina, que passou a restringir os materiais e também proibiu o uso de trajes de corpo inteiro para os homens.

Na lista de recordes mundiais masculinos, oito marcas daquelas época ainda permanecem por ser batidas, inclusive a de Cielo e a dos 200 m livre, que pertence ao alemão Paul Biedermann, também obtido no Mundial de Roma de 2009, com 1:42:00. Recorde que agora parece estar em risco diante do talento de David Popovici.

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