Home Futebol Ex-CEO do Bahia afirma que possível investimento do Grupo City impressiona, mas faz ressalvas; confira

Ex-CEO do Bahia afirma que possível investimento do Grupo City impressiona, mas faz ressalvas; confira

Aquisição da SAF do Esquadrão de Aço pelo City Football Group depende de aprovação dos conselheiros

Por Flavio Souza em 27/09/2022 14:39 - Atualizado há 3 anos

Divulgação

Ao que tudo indica o Bahia será mais um clube a adotar a Sociedade Anônima do Futebol. O Grupo City oficializou uma proposta de compra e agora a decisão está nas mãos dos conselheiros do time.

Os moldes da negociação empolgaram os torcedores, que esperam ansiosos pela aprovação, principalmente pela possibilidade de investimentos altos em contratações.

Quem também vê com bons olhos essa possibilidade de gestão é Pedro Henriques, ex-vice-presidente e ex-CEO do Bahia. Para o dirigente os termos “são muito interessantes”, mas existem pontos “que merecem atenção e cuidado”.

“Ver a apresentação de proposta para aquisição do Bahia pelo Grupo City é algo muito gratificante e que enche de orgulho não apenas os torcedores, mas todos que contribuíram para a profissionalização do clube nesse processo de democratização que ocorre desde 2013. Os termos divulgados do possível negócio entre City e Bahia são muito interessantes, mas há pontos que merecem atenção e cuidado”, declarou.

Investimento em contratações e pagamento de dívidas do Bahia

Conforme já foi divulgado, o Grupo City prevê um aporte de R$ 800 milhões na compra da SAF. Seriam R$ 500 milhões em aquisição de jogadores e o restante para pagamento de dívidas.

Pedro Henriques também fez sua análise sobre os dois investimentos.

“A previsão de aporte de 300 milhões para quitação das dívidas sem necessidade de Recuperação Judicial ou Regime Centralizado de Execuções é excelente. Primeiro porque retoma a credibilidade da instituição que, infelizmente, vinha entrando num ritmo ruim de inadimplementos nos últimos anos. Priorizar essa questão é um ponto que merece elogios tanto para o clube quanto para o grupo City.

O valor de 500 milhões para aquisição de jogadores é um número que impressiona, mas essa sensação diminui quando se estabelece o prazo de 15 anos (cerca de 33mi por ano) e, também, quando se lembra que há gastos além da compra dos direitos econômicos, como comissões e luvas (quando não diluídas no contrato de trabalho). Por outro lado, se uma maior parte desse valor for bem investida em, digamos, cinco anos – com uma gestão competente – o clube pode ser capaz de se retroalimentar e manter boa capacidade de investimento sem novos aportes. Aliás, o maior valor que essa negociação agrega ao Bahia é a experiência e Know-how do Grupo City, provavelmente o maior player do mundo quando se fala em MCO (multi-club ownership) no futebol. É de se esperar muito mais eficiência e assertividade nas ações do clube”, afirmou o ex-CEO do Bahia.

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