Home Futebol CEO do Botafogo processa John Textor, segundo Lauro Jardim, de O Globo

CEO do Botafogo processa John Textor, segundo Lauro Jardim, de O Globo

Jorge Braga estaria alegando esvaziamento da função, falta de autonomia e de pagamento enquanto desempenhava a função no Botafogo

Por Dener Gomes em 09/09/2022 14:37 - Atualizado há 3 anos

Reprodução/ Facebook Botafogo

Em menos de três meses, a SAF criada para gerenciar o futebol do Botafogo já sofreu uma grande perda. Segundo o colunista Lauro Jardim, o CEO da SAF, Jorge Braga, saiu do clube e de uma forma não muito tranquila.

O jornalista informou que o executivo entrou na justiça contra o Fogão alegando que sofria com falta de autonomia, esvaziamento de sua função e sem pagamento durante o tempo que esteve no clube.

Para oficializar sua saída, Braga entrou com uma ação contra a SAF do Botafogo e, na última terça-feira (6), ele foi liberado do contrato.

Problemas com John Textor no Botafogo

Desde a chegada do investidor norte-americano, John Textor, Jorge Braga foi perdendo poder no clube. O executivo, inclusive, perdeu poder de negociação com a Federação de Futebol do Rio de Janeiro. No seu lugar ficou diretor geral da SAF, Thairo Arruda.

Em carta, Braga se despediu da torcida do Botafogo e desejou um grande futuro para o alvinegro nessa nova empreitada.

Veja a integra da nota de despedida:

À Toda Torcida Botafoguense,

Hoje encerro meu ciclo no Glorioso com um só sentimento: o de realização. Lembro que ao receber o convite, logo vi o tamanho da responsabilidade que seria liderar um clube desta magnitude em seu processo de transformação em SAF. Ao mesmo tempo, não pensei duas vezes: ajudar o Botafogo a retomar o caminho das glórias era uma missão que precisava ser cumprida.

Em todos os aspectos, sempre será uma honra poder lembrar que meu nome está escrito em algumas das incontáveis páginas da história gigantesca e cheia de tradição deste clube. Chegar até aqui, no entanto, não seria possível sem a ajuda de tantos colaboradores, colegas de trabalho e, claro, sem o apoio dessa apaixonada torcida, que sempre me emocionou com seu carinho e respeito pelo meu trabalho.

Gostaria também que todos que vestiram e suaram a camisa do Botafogo junto comigo se sentissem abraçados e recebessem o meu sincero muito obrigado. Em especial, quero agradecer o apoio e respaldo dos Presidentes Durcésio Mello, Mauro Sodré e André Souza, dos Conselheiros João Pedro Figueira, Marcelo Figueira, Fred Bastos, os beneméritos Fernando Pereira, Claudio Good, João e Walter Salles e os talentosos Laércio Paiva e André Chame, que nunca abandonaram a luta pela profissionalização.

Quem viu como estava o Botafogo e o que ele se tornou quando da sua transformação em SAF talvez não lembre dos tempos difíceis que insistiam em permanecer. Equalizar contas, renegociar e honrar dívidas, manter salários em dia, introduzir uma nova mentalidade de trabalho, criar e proteger uma cultura de responsabilidade financeira, recrutar, capacitar e treinar os novos gestores, são apenas alguns dos aspectos que foram fundamentais tanto para a atração dos investidores, como também para garantir a transição suave nos primeiros meses da nova empresa constituída.

Seguindo uma linha na qual acredito muito, que é a de prometer menos e entregar mais, fomos campões da Série B, voltamos à Elite do futebol e conseguimos fazer com que o torcedor alvinegro pudesse novamente se orgulhar de ser representado por um clube que possui postura, respeitabilidade e credibilidade.

Transformar esta instituição centenária em uma empresa profissional, que honra seus compromissos e preza pela transparência é o fruto de um esforço diário, cansativo, mas para o qual me tornei incansável e intransigente. Foram tempos de renúncia pessoal, de estar longe da minha família (morando em hotel), mas dos quais hoje tanto me orgulho.

Saio muito realizado e motivado pelo trabalho feito, desejando sucesso para o investidor John Textor, e também Thairo e Danilo. Para os desafios que estão por vir, carregarei comigo meus princípios e muito do que aprendi vivendo o Botafogo: nada e nem ninguém nunca será maior que o clube. Todo mundo quer ganhar, mas não a qualquer preço. Trabalho, coerência, ética, pragmatismo, honestidade, transparência e profissionalismo precisam ser pilares. Sempre.

Por fim, torcedor Botafoguense, quero dizer que continuarei sendo mais um entre vocês, não importa se de perto ou de longe. O Botafogo merece um futuro digno da sua história e a minha torcida por isso será eterna.

Vida longa ao Botafogo!

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