Julio Gomes elege ‘vilões’ da eliminação do Palmeiras na Libertadores e diz: “Brincou demais com a sorte”
Com um jogador a menos, o Palmeiras até abriu a vantagem necessária, mas não conseguiu segurar o Athletico e deu adeus ao sonho do tricampeonato
Fabio Menotti/Palmeiras
O Palmeiras até chegou a abrir os dois gols de vantagem que precisava para eliminar o Athletico e avançar à final da Libertadores. Contudo, o time comandado por Abel Ferreira, jogando com um a menos durante o segundo tempo, não conseguiu segurar o Furacão. A equipe paranaense empatou a partida e garantiu vaga na decisão da competição depois de 17 anos.
Em sua coluna no UOL Esporte, o jornalista Julio Gomes elegeu os vilões do Palmeiras na eliminação do time da Libertadores. O comentarista ainda fez menção ao gol perdido pelo argentino Flaco López logo no início da partida na Arena da Baixada.
“Os grandes vilões da eliminação do Palmeiras foram os cartões vermelhos, tão bobos quanto justos, recebidos por Danilo, Scarpa e Murilo na hora H. Em um futebol tão equilibrado como o atual, como sobreviver a tantos erros? É possível colocar na conta também o gol inacreditável perdido por López no início do jogo de Curitiba, destacou Julio Gomes.
🔴⚫️🌪️ Furacão histórico!
⚽️ Os melhores momentos do épico empate do @AthleticoPR, que eliminou o bicampeão @Palmeiras e vai disputar a final da CONMEBOL #Libertadores. #GloriaEterna @FTBLSantander pic.twitter.com/FNbfH7D6lY
— CONMEBOL Libertadores (@LibertadoresBR) September 7, 2022
Palmeiras ‘brincou demais’ com a sorte:
Para Julio Gomes, o Palmeiras brincou demais com a sorte em jogos decisivos. O jornalista destacou que o time conseguiu superar as expulsões contra o Atlético-MG, mas afirmou que os jogadores fizeram contra o Furacão. No caso de Gustavo Scarpa, o meia perdeu o primeiro jogo, enquanto Danilo pegou gancho e ficou de fora das duas partidas da semifinal.
“E, claro, é possível falar de sorte também. Porque sorte e azar importam, claro que importam. Uma bola que bate na trave e sai ou entra, uma bola que desvia em Piquerez e engana Weverton, um chute errado de Vargas, outro errado e que dá certo de Deyverson, um pênalti perdido aqui, outro feito ali. Oras, sorte sempre importou na esporte de alta competição. E a sorte não sorriu para o Palmeiras ontem, como havia sorrido anteriormente”, comentou Julio Gomes.
“Mas a sorte, sozinha, não é nada. E o Palmeiras brincou demais com ela. As expulsões de Danilo e Scarpa foram superadas no Allianz contra o Atlético-MG, mas as ausências fizeram muita diferença no primeiro jogo semifinal e ainda foram agravadas pela lesão de Raphael Veiga (olha o azar aí). Aliás, naquele jogo Hugo Moura, do Athletico, foi expulso em um lance bobo, mas em que ele sofre falta antes. Não vi Abel reclamar deste erro de arbitragem e tampouco aproveitar a vantagem de ter um homem a mais lá”, acrescentou.
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Arbitragem ruim?
Por fim, o jornalista avaliou a atuação do arbitragem do confronto no Allianz Parque, comandada pelo uruguaio Esteban Ostojich. Julio Gomes reconheceu que o Verdão foi prejudicado em lances determinantes, mas reforçou que a eliminação não aconteceu só por culpa o árbitro.
“A arbitragem de ontem foi ruim para o Palmeiras? No meu ponto de vista, foi. Não pelo lance de Alex Santana – ali, eu concordo com o amarelo, ainda que compreenda quem enxerga uma agressão digna de vermelho. Mas, sim, pelo pênalti não marcado de Fernandinho sobre Rony, um lance que poderia ter representado o 3 a 0 e fim de papo”, disse.
“O torcedor brasileiro adora creditar somente, exclusivamente, às arbitragens os seus dissabores. Portugueses também têm essa característica. E Abel Ferreira é um digno representante da escola. Ele é muito melhor técnico do que as justificativas que encontra quando perde”, completou o jornalista.

