Paysandu: vice-presidente defende saída do treinador Márcio Fernandes e diz ser candidato de oposição

Passada a disputa do Brasileirão Série C, o Paysandu agora tem, como meta esportiva, a busca pelo terceiro título de Copa Verde.

No entanto, as eleições presidenciais também dividem o foco nos bastidores do clube alviceleste.

A disputa eleitoral está prevista para ocorrer até o dia 10 de dezembro, na sede social da agremiação paraense. Por ora, a única pré-candidatura já anunciada é a de Sérgio Solano.

O conselheiro bicolor será um dos opositores da atual gestão, comandada pelo presidente, Maurício Ettinger.

Neste domingo (25), o vice-presidente do clube Felipe Fernandes confirmou que também será candidato.

“Sou candidato sim. Tenha certeza disso: sou candidato à presidência do Paysandu no próximo biênio. Com toda certeza. Acho que chegou minha hora”, iniciou o dirigente, em entrevista concedida à rádio Super Marajoara.

Felipe Fernandes está cotado para também ser oposição a Maurício Ettinger. De acordo com informações do noticiário local, o atual presidente vai tentar ser reeleito.

Ettinger tem o apoio de pessoas influentes dentro do Paysandu, além da confiança da maioria do atual conselho. Apesar disso, Felipe Fernandes avalia que nada está definido.

“Sou candidato sim. Agora, no Paysandu, tudo é possível, mas eu sou candidato, sou cabeça de chapa”, reforçou.

O dirigente não quis confirmar quem serão os vices. Segundo ele, seria falta de ética lançar nomes.

É necessário fazer acordos políticos e obter apoio de quem confie no projeto para o biênio 2023-2024.

“Estou confirmando agora (a chapa) porque estava esperando terminar o Campeonato Brasileiro, pra evitar que interpretassem que eu queria conturbar o ambiente. Segurei, não falei, não comentei nada”, prosseguiu.

“Surgiram informações, mas agora que já acabou”, declarou Felipe Fernandes.

Vice-presidente do Paysandu quer Márcio Fernandes fora

O dirigente bicolor também confirmou que diretoria e treinador vão se reunir nesta segunda-feira (26).

O encontro tem como objetivo decidir se o profissional fica para a disputa da Copa Verde ou se a parceria chega ao fim.

Felipe Fernandes foi categórico ao ser questionado sobre o tema. O vice-presidente alviceleste defendeu a saída de Márcio Fernandes.

“Técnico é resultado. Pra mim não deu resultado. Então tem que sair”. “Na hora que mais precisou, ele não correspondeu”, argumentou.

“As peças que ele mexeu, pra mim, mexeu errado. E não deu resultado. Não teve uma substituição que o Márcio fez que deu certo”, avaliou Felipe Fernandes.

“Então, pra mim, ele tem que procurar outro local pra trabalhar e o Paysandu procurar um outro técnico. Uma nova vida. Tem que ser outra vida. Esse formato não deu certo”, opinou.

Felipe Fernandes também destacou que o sistema bicolor é presidencialista. Isso significa que a última palavra é de Maurício Ettinger.

O dirigente garantiu que não haverá conflito entre as partes se as opiniões forem diferentes.

“A última palavra é do presidente. Se ele achar que deve continuar, vida que segue. Não tem problema”, disse.

Copa Verde

De acordo com a tabela publicada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o torneio regional está marcado para começar no dia 25 de outubro.

A estreia do Paysandu será contra o vencedor da partida entre Humaitá e Náutico-RR e está marcada para ocorrer no dia 28 ou 29.

Apesar disso, Felipe Fernandes está inseguro quanto à realização do campeonato regional.

“Não sei se vai ter. Pra mim é uma incógnita ainda porque alguns clubes estão desistindo de participar. Tem eleição, tem Copa do Mundo. Então pra mim essa Copa Verde está esvaziada”, disparou.

“Como não está certo ainda. A Copa Verde, se tiver, é só no final de outubro, as eleições do Paysandu têm que ser até o dia 10 de dezembro”, explicou Felipe Fernandes.

“Então a partir de agora, vou lançar minha campanha e meu nome está à disposição dos sócios e beneméritos”, lançou.

Leia, a seguir, outros trechos da entrevista de Felipe Fernandes, vice-presidente do Paysandu:

Cadeira de presidente

“Não estou querendo confusão ou briga com ninguém. Cada presidente que senta na cadeira tem que ser respeitado, tem que ser homem e ter coragem”.

“Agora, também tenho que ter minha vontade e achar que estou no meu direito de disputar. Tenho vários anos de serviços prestados”.

Ideia de se lançar candidato

“Já vinha trabalhando isso há um bom tempo. No momento exato, vou publicar quem são meus dois vices, meu candidato à presidência do Condel, Assembleia Geral e Conselho Fiscal. Vamos deixar esfriar as coisas”.

Veja a entrevista completa no vídeo abaixo