Neymar: advogado apresenta detalhes sobre “crime de corrupção privada”
Julgamento de Neymar acontece no dia 17 de outubro, na Espanha, já perto da Copa do Mundo no Catar
Crédito: Denis Doyle/Getty Images
Neymar ainda está envolvido com problemas devido sua transferência ao Barcelona em 2013. O grupo DIS detalha sobre os valores da negociação entre o Santos e o clube espanhol, assunto polêmico até os dias e que coloca o camisa 10 do PSG na mira da justiça.
Paulo Nasser, advogado da DIS, revelou em entrevista coletiva questões sobre as investigações do caso. O jogador responde por suposta corrupção com a justiça da Espanha.
“Nossa demanda tem duas bases. A primeira delas é um crime de corrupção privada, e a segunda um crime de fraude na modalidade de simulação contratual. A causa real dos contratos que Neymar assinou com o Barcelona foi salvar o que tiveram de pagar à DIS e ao Santos, uma cláusula de rescisão de 65 milhões de euros”, começou explicando Nasser.
O advogado relata que Neymar e sua família não cumpriram com um acordo da transferência. Na transação, o grupo DIS recebeu cerca de 6,8 milhões de euros. Por outro lado, o Barcelona deu perto de 25 milhões de euros ao Santos e uma quantia astronômica de 60 milhões de euros para empresas de Neymar pai.
“Isso foi feito com um acordo confidencial de um amistoso com o Barcelona por um preço de 4,5 milhões de euros e e com um pagamento 7,9 milhões de euros por um direito de preferência de três jogadores que nunca foi exercido”, completou Nasser.
A situação de Neymar no caso não é boa. A DIS quer cinco anos de prisão para o camisa 10 e também para os ex-presidentes do Barcelona, Sandro Rossell e Josep Maria Bartomeu. O julgamento acontece no dia 17 de outubro, na Espanha.
Recentemente, Andrés Rueda, presidente do Santos, explicou a situação do clube do litoral paulista nesta polêmica: “A venda de Neymar foi a que o Santos mais pagou. Praticamente pagamos a venda do Neymar. A falta do pagamento de imposto há quase 10 anos nos gerou esse bloqueio (com o Fisco Espanhol), que complicou bastante as nossas contas. Mas enfim, não adianta reclamar. Temos que trabalhar”, disse ele, em reunião com o Conselho Deliberativo do Peixe.

