Copa do Mundo 2022: Federação Alemã perde patrocinadora após polêmica com braçadeiras
Empresa de supermercados desistiu de patrocinar a seleção alemã para manter distância da Fifa e das decisões polêmicas da entidade
Reprodução/Twitter/Alemanha
A repercussão da polêmica das braçadeiras em apoio ao direitos humanos no Catar continua e, nessa terça-feira (22/11), mais manifestações criticando as seleções e a federação máxima do futebol vão surgindo.
Depois de jornalistas ingleses criticarem veemente a seleção de seu país e o capitão, Harry Kane, devido a decisão de não utilizar a braçadeira LGBTQ+, foi a vez de Toni Kroos, craque do Real Madrid, fazer publicação chamando aos jogadores de “marionetes da Fifa”.
Porém, as repercussões ainda continuam e hoje cedo a Alemanha perdeu um de seus patrocinadores, a rede de supermercados Rewe. Segundo informações do jornal alemão “Blind”, o motivo da desistência em patrocinar a seleção alemã é que a empresa quer manter distância da imagem da Fifa e do posicionamento do presidente da federação, Gianni Infantino.
“Nós defendemos a diversidade e o futebol também é diversidade. A posição escandalosa da Fifa é absolutamente inaceitável para mim como CEO de uma empresa diversa e como fã de futebol”, afirmou o CEO da empresa, Lionel Souque.
Alemanha e outras seleções europeias planejavam protestar durante a Copa do Mundo do Catar
Lembrando que sete seleções europeias (Inglaterra, País de Gales, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Alemanha e Suíça) planejavam usar a braçadeira de capitão em apoio a comunidade LGBTQ+ durante a Copa do Mundo 2022. A Fifa proibiu a manifestação e ameaçou, além de multa financeira, dar cartão amarelo aos jogadores, com isso, as equipes recuaram e optaram por desistir do protesto.
“A meu ver, esta é uma demonstração de poder da Fifa. Do nosso ponto de vista, isso é mais do que frustrante e também um acontecimento inédito na história da Copa do Mundo”, comentou Bernd Neuendorf, o presidente da Federação Alemã.

