Placas, emoção e hino “não cantado”: mulheres do Irã são marco na estreia da seleção na Copa do Mundo 2022
Liberação para que elas possam frequentar os estádios no país de origem é recente e o Mundial teve protestos
Clive Brunskill/Getty Images
Na manhã desta segunda-feira, 21, foi a vez de Irã e Inglaterra estrearem na Copa do Mundo 2022 e um detalhe roubou a cena: as mulheres.
A situação que vive o país é conturbada, repleta de protestos e ainda mais difícil para as mulheres.
Ainda em 2022, após mais de 40 anos, elas foram liberadas para acompanhar o duelo do Irã contra o Iraque, pelas eliminatórias das Copa do Mundo.
Durante a estreia da seleção no Mundial, foi possível nas arquibancadas, além da presença de mulheres, manifestações em defesa dos direitos delas.
Na arquibancada, a torcida do Irã abriu uma bandeira com a frase “women life freedom”, que em português significa: “Liberdade para a vida das mulheres”.
Além disso, durante o duelo da Copa do Mundo, foi possível ver a emoção de mulheres ao estarem no estádio acompanhar o duelo no Catar.
Dentro de campo no Mundial, os jogadores do Irã não cantaram o hino nacional do país antes da bola sair rolando contra a Inglaterra.
Irã estreia com derrota para a Inglaterra na Copa do Mundo 2022
Jogando a terceira Copa do Mundo seguida, o Irã entrou no Catar e logo teve preocupação: o goleiro Beiranvand.
Após choque no início da partida, o jogador teve que ser substituído e acabou não participando do duelo no Mundial.
No primeiro tempo, a Inglaterra venceu por 3 a 0 com gols de: Bellingham, Saka e Sterling.
Artilheiro da Copa do Mundo passada, Harry Kane foi substituído sem balançar as redes na estreia da seleção inglesa no Catar.
No segundo tempo, foram mais três gols pelo lado da Inglaterra: Saka, novamente, Rashford e Grealish; o Irã descontou com Mehdi Teremi.
Nos acréscimos finais, após ser chamado pelo VAR, o árbitro brasileiro Rafael Claus marcou pênalti para o Irã, que diminui fechando o placar da Copa do Mundo em 6 x 2.
Situação das mulheres no Irã
Os protestos no Irã começaram a crescer após Mahsa Amini, de 22 anos, ser morta por, supostante, não utilizar a vestimenta correta.
Com várias restrições, até a segunda metade de 2022, as mulheres não podiam frequentar o estádio para assistir jogos de futebol.
