Três dos quatro times que subiram para Série A são SAFs
Cruzeiro, Bahia e Vasco tiveram suas SAFs adquiridas por grupos do exterior, além de um empresário consagrado no futebol
Jornal O Tempo
O Brasileirão Série B terminou neste domingo (06) com a confirmação dos acessos de Bahia e Vasco. Assim, a dupla se junta a Cruzeiro e Grêmio, que já haviam subido com antecedência. Do quarteto que voltará para a primeira divisão, apenas o Tricolor Gaúcho não virou SAF.
A Lei da Sociedade Anônima do Futebol (Lei 14.193, de 2021) foi promulgada em 6 de agosto do ano passado. Dessa forma, os clubes podem, a partir de então, ser constituídos em forma de empresa a fim de captar recursos. Desde então, além de Cruzeiro, Vasco e Bahia, o Botafogo passou a ser gerido dessa forma, através do comando do empresário norte-americano John Textor, que adquiriu 90% da SAF do Fogão em março deste ano.
Cruzeiro, Bahia e Vasco se juntam ao Botafogo como SAFs no Brasileirão Série A
Antes de Textor, Ronaldo Nazário entrou em cena no Cruzeiro. Dono do Valladolid, da Espanha, o eterno Fenômeno voltou às suas origens no futebol, onde iniciou sua carreira de jogador em 1993. Assim, Ronaldo assumiu o controle acionário da Raposa no fim do ano passado, pagando 400 milhões de reais. Contudo, só assinaria o contrato da compra de 90% da SAF celeste em 14 de abril de 2022.
Já o Vasco realizou uma eleição entre os associados no último dia 7 de agosto, que aprovaram a venda de 70% da SAF para o grupo norte-americano 777 Partners. Desse modo, 3.898 dos votos foram favoráveis, significando 79,44%, enquanto 976 se mostraram contra (19,89%), com 33 brancos e nulos. Portanto, 700 milhões de reais serão destinados para pagamentos de dívidas, além de outros futuros 700 milhões em investimentos para o clube.
Por fim, o Bahia definiu a venda de 90% de sua SAF para o Grupo City em setembro. Nesse sentido, o Tricolor Baiano passou a fazer parte de um grupo de equipes capitaneado pelo Manchester City. Assim, o grupo estrangeiro se compromete a aportar cerca de R$ 1 bilhão pelos próximos 15 anos, dos quais 500 milhões serão destinados para compra de jogadores, além de 300 milhões para pagar dívidas e os 200 milhões restantes para melhorias na infraestrutura, categorias de base e capital de giro. Desse modo, a proposta da venda da SAF do Bahia será votada pelos associados do clube no dia 10 de dezembro.

