Será que você acerta o placar Apostar na Betano PUBLICIDADE

Home Automobilismo Com poucas alternativas na Fórmula 1, Senna testou um carro da Indy

Com poucas alternativas na Fórmula 1, Senna testou um carro da Indy

Em meio a um cenário duvidoso, tricampeão testou um carro da principal categoria de monopostos dos Estados Unidos

Por Bruno Bravo Duarte em 23/12/2022 03:29 - Atualizado há 3 meses

Reprodução / Redes Sociais

Ayrton Senna viveu um momento turbulento com a McLaren nos anos de 1992 e 1993. Naquela época, a equipe britânica lutava contra os carros tecnológicos da Williams e tinha como grande obstáculo o encerramento da longa e vitoriosa parceria com a Honda, cujo os motores garantiram os três campeonatos do piloto brasileiro (1988, 1990 e 1991).

O desempenho de Nigel Mansell com o FW14 era infinitamente superior ao de Ayrton Senna com MP47A em 1992. Mesmo com os propulsores Honda, o brasileiro não conseguiu deter os inúmeros componentes eletrônicos da Williams. Na ocasião, o Leão venceu oito das 10 primeiras corridas da temporada e se sagrou campeão ao chegar em segundo no Grande Prêmio da Hungria, prova que foi vencida por Ayrton.

Com o término da parceria com a Honda, a McLaren iria adotar uma versão “Linha b” do Ford V-8 em 1993, o que não faria frente ao Renault V-10 das Williams e ao Ford V-8 oficial de fábrica da Benetton. Com poucas alternativas competitivas, Senna contactou Emerson Fittipaldi visando uma possível transferência para a Fórmula Indy.

Testando uma Penske

O brasileiro viajou para o Arizona no final de 1992, onde testou um Penske PC-21 no autódromo de Firebird. O modelo do carro foi o utilizado por Fittipaldi, que venceu quatro etapas naquele ano.

O piloto da Indy foi o primeiro a ir para a pista, contabilizou 25 voltas e cravou a melhor marca em 49s70. Na sequência, Senna assumiu o volante e fez alguns giros de adaptação. Em 14 voltas, Ayrton já tinha batido a marca de Emerson: 49s50.

Ao retornar para os boxes, o tricampeão optou por fazer algumas mudanças na configuração do Penske, com o aval do engenheiro Nigel Beresford. No retorno para a pista, Ayrton reduziu o tempo para 49s09, o que deixou a equipe Penske impressionada.

“A pista realmente era muito lenta, o carro funciona de uma forma muito particular, mas a sensação, o gosto, é ótimo. Estou muito feliz em poder constatar o que realmente é um carro da Indy. Um dia vou guiar esse carro, é só questão de tempo. É só esperar o momento certo para participar das corridas nos Estados Unidos”, declarou Senna, em entrevista para a Band.

Reportagem da Bandeirantes, em 1992

Este foi o único contato do piloto brasileiro com a principal categoria de monopostos dos Estados Unidos. Ayrton Senna acabou renovando com a McLaren e conquistou o vice-campeonato de 1993, com um carro tecnicamente inferior as Williams e as Benettons.

Exit mobile version