Sócios aprovam a venda da SAF do Bahia para o Grupo City; veja o que muda
Torcedores votaram em duas assembleias realizadas neste sábado
Divulgação / Esporte Clube Bahia
O sábado (3), marcou o início de uma nova era para o Esporte Clube Bahia. Em duas assembleias realizadas com sócios do clube, os torcedores aprovaram primeiramente, a adequação do estatuto do clube à Lei nº 14.193/2021, que possibilitará ao Tricolor Baiano constituir uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
Em seguida, os sócios torcedores votaram em mais uma assembleia, quanto a proposta de 90% da SAF do Esquadrão de Aço para o Grupo City. A oferta na casa de R$ 1 bilhão foi aprovada por 98,6% dos sócios que compareceram a votação. Cerca de 12.920 torcedores votaram a favor.
Dessa forma, o Grupo City adiciona mais uma equipe no seu conglomerado que já conta com outros dez times. Entre os principais estão o Manchester City, Girona e o New York City. A princípio, o clube brasileiro será o segundo com mais investimentos na área esportiva.
A proposta
O Grupo City se comprometeu a aportar cerca de R$ 1 bilhão no clube. Primeiramente, um mínimo de R$ 500 milhões em compra de jogadores, outros R$ 300 milhões para o pagamento de dívidas e R$ 200 milhões em infraestrutura, categoria de base e afins. Vale lembrar que o investimento será gradativo durante os anos, com a possibilidade de valores maiores posteriormente.
Além disso, no contrato com grupo de investimento na área esportiva, não consta alteração no escudo e nome do Esporte Clube Bahia.
Durante meses, a diretoria do Tricolor Baiano discutiu e estudou a proposta criando uma comissão no conselho deliberativo para abordar e explicar o modelo da SAF junto ao público.
Reforços
Diante do processo de aprovação da SAF, o Bahia ainda não realizou novas renovações e contratações. No entanto, alguns nomes já circulam nos bastidores. Um exemplo é o treinador Antônio Carlos Zago, que se despediu do Bolivar, clube que também pertence ao Grupo City. Em entrevista, o presidente Guilherme Bellintani falou sobre o planejamento para reforços.
“Todo potencial parceiro está trabalhando de planejamento. Eu não estou participando disso. Minha função é trabalhar pela estruturação da SAF. Mas tenho certeza que a SAF sendo aprovada no dia três, no dia quatro algumas decisões estão prontas para serem tomadas” afirmou Bellintani.
Ao mesmo tempo, o clube baiano agora passa por um processo natural de transição. A atual diretoria, além de representantes do Grupo City, deve trabalhar de forma conjunta durante os próximos meses.
Sócios
Com a venda da SAF confirmada, o plano de sócio torcedor pode sofrer algumas alterações com relação ao atual.
“Quando houver esse fechamento, vamos lá dizer que é em março, a partir dali haverá cisão dos contratos. Hoje, o sócio paga valor referente a associação e outro valor com divisão com a Arena Fonte Nova. Depois, vai ter relação com a Associação que vai determinar novo preço. Não sei qual vai ser. E do outro lado a SAF vai implantar outro plano. No momento do close, lá em março ou abril, o sócio vai ter dois contratos. Vai poder optar em manter vínculo só com SAF ou Associação”, explicou Guilherme Bellintani.

