Investigação apura manipulação de resultados no grupo do Corinthians na Copinha 2023

De acordo com o ge.globo, a Polícia Civil de São Paulo, junto com a Federação Paulista de futebol, investigam uma suposta manipulação de resultados no Grupo 12 da Copinha, onde estava o Corinthians. O esquema envolveria a participação de uma quadrilha que, a princípio, estaria manipulando os resultados para benefícios em apostas esportivas.

Ainda conforme informação do site, dois casos chamaram a atenção dos investigadores. Em partidas válidas pela segunda rodada da competição, dois jovens jogadores foram aliciados para interferir no número de escanteios das partidas. Foi apurado que os atletas do Zumbi (adversário do Corinthians na primeira rodada) e Real Ariquemes receberam propostas de R$ 3 mil para participarem da fraude.

Os jogadores, no entanto, recusaram as propostas e dirigiram-se até as delegacias para registro dos boletins de ocorrência. Os jovens também informaram a FPF sobre a situação.

Em entrevista ao site, um dos atletas informou que a proposta aconteceu via rede social e detalhou a conversa. “Ele não pediu para tomar gols, ele até usa um pouco da lábia dele. Ele fala que eu não ia me prejudicar”, delatou o goleiro do Real Ariquemes.

Apesar de ficar surpreso com a proposta, o goleiro de 20 anos tomou uma decisão crucial para o desenrolar das investigações. “Fiquei bastante surpreso, um pouco em choque, mas a minha reação foi outra. Eu sei da minha índole, então a primeira coisa que passou em minha cabeça foi negar e acionar a comissão e o presidente do clube”, disse.

O apostador, que de acordo com a polícia, mora no interior de São Paulo, tentou persuadir o jovem com promessas vazias, além de perguntar ao jovem sobre suas questões contratuais com o clube.

Manipulação de resultados no futebol

A FPF informou que contrata empresas especializadas em monitorar casas de apostas, com o intuito de identificar potenciais casos de manipulação. Em entrevista, Paulo Schmitt, presidente do Comitê de Integridade da FPF, afirmou que a prática acontece com certa regularidade. “hoje a gente tem em média no futebol paulista, de sete a dez casos confirmados de manipulações de partidas por ano. É um valor até controlado perto do Brasil inteiro que só em 2023 já tem confirmados aproximadamente 130 casos”, afirmou Schmitt.

Vale lembrar que o último grande esquema de apostas descoberto no futebol nacional foi a “máfia do apito” em 2005, que revirou o esporte nacional de cabeça para baixo e mudou todo o calendário do Brasileirão.