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Globo dá bronca em jornalistas após orientação descumprida

Emissora proíbe que repórteres façam publicidade nas redes sociais; narradores, comentaristas e apresentadores são liberados

Por Marcel Rauen em 13/03/2023 09:40 - Atualizado há 3 anos

Divulgação/Globo

Nos últimos dias, segundo o “Notícias da TV”, a Globo se mobilizou para dar uma bronca em alguns de seus repórteres esportivos pelo descumprimento de uma orientação: a proibição de publicidade nas redes sociais.

A emissora só autoriza comentaristas, narradores e apresentadores a fazer publicidade, deixando os repórteres de fora – os jornalistas buscam a liberação para aumentar seus ganhos financeiros.

De acordo com o site, recentemente, uma repórter, não revelada, que atua no SporTV, canal pago do Grupo Globo, aproveitou a folga para viajar e marcou nas redes sociais o hotel onde ficou para agradecer pela estadia.

A situação ficou configurada pela emissora como jabá, termo utilizado para definir o recebimento de vantagens em troca de divulgação de algo.

Depois de comprovar que havia pago pela viagem e pela estadia no hotel, a repórter ainda recebeu uma advertência.

A situação fez com que Gustavo Maria, diretor de Redação do Esporte da Globo, enviasse um e-mail para alguns jornalistas – nem todos receberam a “bronca” – sobre o assunto e ratificar que apenas narradores, comentaristas e apresentadores podem fazer publicidade nas redes sociais, desde que previamente aprovados por um comitê criado para analisar os casos.

“Queria reforçar com todos vocês repórteres um trecho dos Princípios Editoriais bastante esclarecedor sobre o cuidado que precisamos ter com as marcas nas redes sociais. Noto que muitos têm dúvidas. Infelizmente, diversas vezes só descobrimos essas dúvidas após uma postagem inadequada”, diz Maria no e-mail, antes de citar alguns trechos presentes nos Princípios Editorias da empresa.

“É imprescindível que o jornalista do Grupo Globo evite a percepção de que faz publicidade, mesmo que indiretamente, ao citar ou se associar a nome de hotéis, marcas, empresas, restaurantes, produtos, companhias aéreas etc. Isso também não deve acontecer em contas de terceiros, e o jornalista deve zelar para evitar tais ocorrências”, relembrou o diretor.

“O Grupo Globo considera que toda rede social é potencialmente pública. (…) E, quando a pessoa é um jornalista, a sua atividade pública acaba relacionada ao veículo para o qual trabalha. Se tal atividade manchar a sua reputação de isenção, manchará também a reputação do veículo. Isso não é admissível, uma vez que a isenção é o principal pilar do jornalismo. (…) Isso se aplica a todas as redes –Twitter, Instagram, Facebook, WhatsApp ou qualquer outra que exista ou venha a existir”, completou.

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