Milly Lacombe fala sobre a escolha do Corinthians por Cuca: “Não é um monstro”
Colunista do Portal UOL fez uma análise da contratação do Timão, confira detalhes
A jornalista esportiva afirmou que as reclamações dos torcedores do Corinthians por terem Cuca como novo técnico são válidas. Entretanto, a atitude da Diretoria Alvinegra e também de outros clubes que o eximiram da sua culpa ou apenas ignoraram o fato de ter sido julgado por envolvimento em um caso de estupro na sua época de jogador do Grêmio na Suíça fazem parte de atos de uma sociedade doente, confira detalhes.
Milly Lacombe analisa contratação de Cuca
Na primeira parte do seu texto, a colunista do Portal UOL afirma que: “Cuca não é um monstro, é o sintoma de uma sociedade doente”. Desta forma, aborda brevemente o que aconteceu com o agora treinador do Timão, afirmando que, em uma entrevista, ele já disse que estava no quarto quando o evento ocorreu, mas afirma que não se envolveu no crime.
Posteriormente, Milly Lacombe detalha que conhece o treinador: “já conversei com ele, já dividimos um mesmo táxi no trânsito do Rio durante um longo trajeto. É inteligente, excelente treinador e uma pessoa agradável para trocar uma ideia. Cuca não é um monstro. Mas nossa sociedade, essa sim, atua de forma monstruosa. E a diretoria do Corinthians de um passo em direção ao abismo ao mandar um recado alto e claro: ser condenado por envolvimento em estupro de uma criança de 13 anos não pega nada”.
Rejeição no Corinthians
O Timão é um clube com grande papel social e envolvimento em causas importantes. Não é surpresa que tenha nos seus grandes pilares a Democrâcia Corintiana. Entretanto, Milly Lacombe afirma que a violência às mulheres e a desigualdade de gêneros são armas que há séculos não são levadas de forma leviana.
A colunista do Portal UOL encerrou seu texto de forma contundente: “Cuca não é um monstro e seria preciso que todos nos implicássemos nesse horror para que essa sociedade monstruosa pudesse ser transformada. Não é sobre Cuca. É sobre o que diz o Corinthians a sua torcida com essa contratação, sobre que o clube pensa a respeito da violência de gênero, sobre a hipocrisia de usar “respeita as minas” para ganhar mais um dinheirinho das torcedoras humilhadas. Ser mulher e gostar de futebol é gostar de um esporte que nos detesta”.
