Temperamento explosivo de Fernando Diniz faz CBF vê-lo longe de comandar a seleção brasileira
Fernando Diniz é um dos técnicos cotados para assumir o lugar de Tite na seleção brasileira; treinador está no Fluminense desde 2022
Lucas Merçon/ Fluminense
Fernando Diniz é apontado por treinadores, jornalistas e torcedores como o melhor técnico brasileiro na atualidade. No entanto, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não tem certeza de que ele é a melhor opção para ocupar o lugar que foi de Tite.
O Torcedores.com apurou que o temperamento explosivo de Fernando Diniz não é bem visto pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que busca um nome que seja referência dentro e fora de campo para comandar a nossa seleção.
Desde sua estreia pelo Fluminense em 19 de janeiro de 2019, Fernando Diniz soma oito expulsões. Todas por ofensas ou por reclamar da arbitragem. O episódio mais recente foi na derrota por 2 a 0 para o Flamengo, no último sábado (1), pelo Campeonato Carioca.
No primeiro jogo da final do Estadual, o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães citou na súmula que se sentiu ofendido com as palavras ditas pelo treinador tricolor: “Vai se f****!”. E, por isso, decidiu expulsar Fernando Diniz.
A explosão do treinador à beira do campo aconteceu logo após a expulsão de Samuel Xavier, que, de acordo, com Wagner do Nascimento Magalhães, atingiu “com força excessiva”, o tornozelo de Ayrton Lucas, do Flamengo, em uma falta próxima a zona central do campo.
Ainda segundo apurou a reportagem, a CBF não vê Fernando Diniz como um nome inquestionável. Por isso, o treinador está numa lista secundária da entidade ao lado de Abel Ferreira, Cuca, Dorival Júnior e Renato Portaluppi.
Mesmo com o futebol encantador do Fluminense, a CBF não vê Fernando Diniz como um nome inquestionável como nos casos de Luiz Felipe Scolari e Tite, entre torcedores e jornalistas, quando assumiram a seleção brasileira em momentos críticos, por exemplo.
Relação com jogadores também preocupa
Mais do que as expulsões, Fernando Diniz já entrou em conflito com jogadores diversas vezes à beira do campo. O caso mais lembrado até os dias de hoje foi o embate com o volante Tchê Tchê durante a partida do São Paulo contra o Red Bull Bragantino, pelo Brasileirão de 2020.
Na ocasião, Fernando Diniz chamou o curinga tricolor de “perninha” e “mascaradinho”. Na época, o São Paulo liderava a competição na época que bateram de frente. Depois desse episódio, o time caiu de produção e viu o Flamengo faturar a competição.
Ednaldo Rodrigues quer um treinador que tenha pulso firma. Ao mesmo tempo, ele deseja contar com um profissional que saiba se relacionar com os astros da seleção brasileira, contornar conflitos e aguentar a pressão em momentos de crises.

