CBF ouve Vinícius Júnior e prepara resposta contra o racismo em jogo do Brasil na Espanha, diz Rizek
Entidade vem articulando plano após o atacante do Real Madrid lidar com novo caso de preconceito
Lucas Figueiredo/CBF
Além de repudiar, por meio de nota oficial, o racismo sofrido por Vinícius Júnior em Valencia x Real Madrid, a CBF decidiu agir nos bastidores. De acordo com André Rizek, a entidade entrou em contato com o atacante para saber sua visão em relação ao duelo do Brasil contra Guiné, em Barcelona, marcado para junho. Mediante a sinalização positiva, já que o atleta deseja estar em campo, o duelo vai simbolizar a luta contra o preconceito em um momento propício para uma forte resposta ser vista.
Ainda que o jogo não seja em Madri, a tendência é que Vinícius Júnior receba um grande apoio. Diante disso, espera-se que a mobilização, que deve contar com o atacante como protagonista, tenha efeito na diminuição do racismo no futebol espanhol.
“A seleção brasileira tem dois amistosos na próxima data Fifa. Dia 17 (de junho), em Barcelona, contra Guiné, e no dia 20, em Lisboa, contra Senegal. Esses jogos estavam marcados antes dos acontecimentos com o Vinícius Júnior. Como fica um jogo da seleção brasileira, na Espanha, diante desse cenário? A CBF entrou em contato com o Vinícius Júnior e ele faz questão de jogar essa partida, até porque o Vinícius Júnior vai jogar, pelo menos, 38 partidas em território espanhol, (o atacante) vai seguir como jogador do Real Madrid na próxima temporada”, contou Rizek no Seleção SporTV.
Ramon deve dirigir Vinícius Júnior e companhia
Consultada, a Federação Espanhola, mesmo sem o time nacional estar envolvido, deve marcar presença no amistoso. Sendo assim, representantes da FIFA e UEFA também foram convidados e podem reforçar a campanha contra o racismo. Em relação ao treinador do Brasil no jogo, a tendência é que Ramon Menezes, que dirigiu o Brasil contra o Marrocos, seja mantido no cargo.
“A CBF vai fazer desse jogo em Barcelona um ato antirracista. Convidou a Federação Espanhola, que simpatizou com a ideia. A CBF, Federação Espanhola, FIFA e UEFA serão convidados para fazer desse jogo um jogo para marcar a posição antirracista no futebol. Brasil x Guiné (…) O Ramon, provavelmente, será o treinador. Se não der tempo do Ramon estar presente no primeiro treino, um assistente indicado por ele vai iniciar os trabalhos.”, concluiu o apresentador.

