Direitos de TV e vendas de jogadores seguem sendo a principal fonte de receita dos clubes

Em 2022 os 20 principais clubes do Brasil tiveram uma arrecadação somada de R$ 7.5 bilhões. O valor pode impressionar em um primeiro momento, mas deve ser relativizado visto que em 2021 esse total foi de R$ 7.4 bilhões. Além disso em 2019, antes da pandemia do Covid-19, esse valor era o mesmo de 2022.

Conforme detalha o estudo da Sports Value um dos principais problemas foi uma queda de 17% nos direitos de TV. Essa situação mostra a necessidade dos clubes brasileiros em encontrar fontes alternativas de renda.

Em 2022 o valor recebido em transmissões e prêmios por participações em competições representou um total de 40% do valor total citado acima. Um ponto interessante é que isso já representa uma queda em relação ao ano de 2021, onde essa fonte de receita foi 52% do total arrecado pelas principais equipes brasileiras.

Já as transferências de jogadores seguiram com 20% do total arrecadado.

Dependência dos direitos de transmissão e prêmios

Dos 20 clubes analisados no estudo, apenas três (São Paulo, Internacional e Grêmio) não tem os direitos de TV como principal fonte de renda.

Por outro lado a venda de atletas é onde os clubes citados acima mais arrecadam. Um fato curioso é que Flamengo, Fortaleza, Coritiba, Cruzeiro, América-MG, Cuiabá e Goiás são equipes que tem outras fontes de faturamento, tendo uma dependência menor do que é arrecado com venda de jogadores.

Veja como é a divisão detalhada de receitas por clubes em 2022 *

Flamengo R$ 1,177 bilhão

• Direitos de TV – 42%
• Marketing – 20%
• Sócios – 14%
• Bilheteria – 11%
• Vendas de atletas – 11%
• Outros – 2%

Palmeiras R$ 856 milhões

• Direitos de TV – 34%
• Vendas de atletas – 20%
• Marketing – 19%
• Sócios – 12%
• Bilheteria – 10%
• Outros – 5%

Corinthians R$ 779,1 milhões

• Direitos de TV – 43%
• Vendas de atletas – 19%
• Bilheteria – 13%
• Marketing – 12%
• Sócios – 12%
• Outros – 1%

São Paulo R$ 657,2 milhões

• Vendas de atletas – 35%
• Direitos de TV – 31%
• Marketing – 11%
• Bilheteria – 10%
• Sócios – 9%
• Outros – 4%

Internacional R$ 466,6 milhões

• Vendas de atletas – 37%
• Direitos de TV – 33%
• Marketing – 13%
• Sócios – 13%
• Bilheteria – 3%
• Outros – 1%

Atlético-MG R$ 429 milhões

• Direitos de TV – 36%
• Vendas de atletas – 20%
• Marketing – 23%
• Sócios – 10%
• Bilheteria – 9%
• Outros – 2%

Athletico Paranaense R$ 370,6 milhões

• Direitos de TV – 35%
• Vendas de atletas – 27%
• Marketing – 19%
• Sócios – 10%
• Bilheteria – 7%
• Outros – 2%

Fluminense R$ 347,2 milhões

• Direitos de TV – 44%
• Vendas de atletas – 27%
• Sócios – 11%
• Marketing – 9%
• Bilheteria – 7%
• Outros – 2%

Santos R$ 341,9 milhões

• Direitos de TV – 42%
• Vendas de atletas – 21%
• Sócios – 6%
• Marketing – 19%
• Bilheteria – 1%
• Outros – 11%

Grêmio R$ 340,1 milhões

• Vendas de atletas – 30%
• Direitos de TV – 26%
• Sócios – 16%
• Marketing – 16%
• Bilheteria – 0%
• Outros – 12%

Fortaleza R$ 267,9 milhões

• Direitos de TV – 44%
• Marketing – 20%
• Sócios – 13%
• Bilheteria – 8%
• Vendas de atletas – 7%
• Outros – 8%

Ceará R$ 173,2 milhões

• Direitos de TV – 42%
• Vendas de atletas – 19%
• Marketing – 13%
• Sócios – 11%
• Bilheteria – 9%
• Outros – 6%

Coritiba R$ 164,1 milhões

• Direitos de TV – 30%
• Bilheteria – 24%
• Vendas de atletas – 21%
• Sócios – 14%
• Marketing – 10%
• Outros – 1%

Cruzeiro R$ 155 milhões

• Sócios – 13%
• Marketing – 10%
• Direitos de TV – 4%
• Bilheteria – 1%
• Vendas de atletas – 0%
• Outros – 72%

América-MG R$ 148,6 milhões

• Direitos de TV – 69%
• Marketing – 12%
• Sócios – 9%
• Vendas de atletas – 7%
• Bilheteria – 2%
• Outros – 1%

Cuiabá R$ 133,3 milhões

• Direitos de TV – 66%
• Vendas de atletas – 8%
• Marketing – 4%
• Sócios – 2%
• Bilheteria – 10%
• Outros – 10%

Bahia R$ 108,3 milhões

• Direitos de TV – 20%
• Vendas de atletas – 20%
• Sócios – 18%
• Marketing – 17%
• Bilheteria – 17%
• Outros – 8%

Goiás R$ 106,7 milhões

• Direitos de TV – 70%
• Vendas de atletas – 3%
• Marketing – 12%
• Sócios – 1%
• Bilheteria – 5%
• Outros – 9%

Atlético-GO R$ 100,2 milhões

• Direitos de TV – 66%
• Vendas de atletas – 8%
• Marketing – 4%
• Sócios – 2%
• Bilheteria – 10%
• Outros – 10%

*Dados detalhados do Red Bull Bragantino não foram divulgados*