Ex-árbitros discordam de gol anulado de Rony, do Palmeiras, contra o Atlético-MG
Verdão ficou na bronca com a arbitragem do Mineirão
Reprodução
Na noite de ontem (28), pelo Brasileirão, Palmeiras e Atlético-MG empataram em 1 a 1, no Mineirão, em um jogo bastante equilibrado.
Mas, os palmeirenses saíram na bronca com a arbitragem. Isso porque aos 6 minutos de jogo, o atacante Rony fez um golaço de bicicleta e abriu o placar. Porém, o gol foi anulado pelo VAR, que alegou impedimento.
A bronca do Palmeiras, então, é com a falta de transparência. Em um lance que aparentemente está na mesma linha, a linha de impedimento foi traçada rápida, em comparação com outros lances no Brasil. Além disso, não foi mostrado a linha sendo traçada em tempo real. Só veio a imagem final, com a conclusão do impedimento.
O “UOL” ouviu três ex-árbitros, que opinaram sobre esse lance. Alfredo Loebling, João Paulo Araújo e José Aparecido de Oliveira foram os ex-juízes que falaram com o portal.
E, os três foram unânimes em criticar a anulação do golaço de Rony. Eles entendem também que a imagem disponibilizada pelo VAR é inconclusiva.
O que os ex-árbitros disseram sobre o gol do Palmeiras
Alfredo Loebling criticou a imagem na diagonal divulgada pelo VAR, onde ele entende que não da para ter certeza. O ex-árbitro ainda chamou o trabalho do VAR nesse lance de “desserviço ao futebol”.
“Na imagem divulgada pelo VAR, primeiro queria saber por que aquela diagonal que estão mostrando, acho que não dá para ter uma certeza. Acho que o VAR prestou um desserviço ao futebol. Imagem inconclusiva vendo na diagonal, não dá para ter uma visão clara, não vê a linha. O que diz o protocolo? Se a imagem é inconclusiva, mantém a decisão de campo. Eu seguiria o gol, não anularia”.
Já João Paulo Araújo, tem certeza que não estava impedido. Ele diz que havia dois defensores do Galo que deixava Rony no mínimo na mesma linha. Ele entende que o árbitro de campo deveria ter dado o gol mesmo com o VAR dizendo outra coisa.
“Foi legal. No começo do lance, quando o defensor do Palmeiras dá um chute, havia dois jogadores do Atlético e o Rony, que não estava em posição de impedimento. Na hora do lançamento ele estava no máximo na mesma linha que o defensor do Atlético e, se olhar a expressão do árbitro quando o gol é anulado, nem ele acreditou no VAR. Se eu estivesse apitando eu daria o gol e aguentaria a bronca”.
Por fim, José Aparecido de Oliveira diz que não da para cravar porque a imagem é inconclusiva. Então, deveria manter a decisão de campo.
“Dificilmente dará para cravar se foi ou não impedimento, pois as câmaras não são conclusivas, sendo assim, na dúvida deveria validar o gol”.
Atlético-MG reclama de um pênalti
Aos 16 minutos do segundo tempo, o Galo reclamou de uma bola que bateu na mão do Marcos Rocha, do Palmeiras, dentro da área. Sobre esse lance, os três árbitros entrevistados pelo “UOL”, têm opiniões diferentes.
João Paulo não marcaria pênalti, Loebling marcaria, enquanto José Parecido não cravou se foi ou não, mas disse que é um lance interpretativo e o árbitro mostrou muita convicção em não marcar o pênalti.
“E marcaria o pênalti no Marcos Rocha. Acho que o braço dele está bem aberto, não é um movimento natural”, disse Alfredo Loebling.
“O pênalti não existiu. A bola bate no braço, mas o braço estava em um movimento natural, sem nenhuma intenção de colocar a mão na bola. Ele ainda está dando as costas para a bola”, opinou João Paulo Araújo
“Trata-se de interpretação do árbitro. Neste caso, o árbitro tinha muita convicção, uma vez que não se socorreu do VAR”, disse José Aparecido de Oliveira

