Milly Lacombe faz pedido sobre luta conta homofobia nos estádios
Colunista do Portal UOL criticou duramente as atitudes dos torcedores durante o clássico, confira
(Foto: Divulgação redes sociais)
A colunista Milly Lacombe sempre traz uma ponte entre a sociedade e o futebol nas suas análises no Portal UOL. Assim, comentou sobre a intervenção da arbitragem em paralisar o jogo entre Corinthians e São Paulo após os torcedores insistirem em cantarem “dessas bichas teremos que ganhar”, e fez uma análise social sobre o momento atual.
Cantos homofóbicos da torcida do Corinthians
Segundo Milly Lacombe, os cantos homofóbicos dos torcedores alvinegros e dentro dos estádios não são novidade. Entretanto, destaca que o árbitro ter intercedido e cessado a partida até que parassem é novidade. Além disso, destaca que as televisões da Neo Química Arena também indicavam que o comportamento não deveria ser prolongado.
A colunista destaca que isso faz parte da evolução social, mas vê que ainda há muito caminho pela frente para ser trilhado. Uma das principais críticas, além das intervenções homofóbicas dos torcedores, foi também que os comentaristas da Globo não terem comunicado na transmissão o motivo da intervenção.
Ainda afirma que acredita que as pessoas devem achar “chato” que seja comentado esse tipo de questão. No viés social, afirma que o que é chato mesmo é a discriminação, a morte, a situação social da população LGBTIQA+ no Brasil. No final do texto afirma: “muitos acreditam ser ainda pior o episódio desse domingo porque envolve uma torcida sempre ligada a causas sociais. Mas aí está justamente a questão: o que une esquerda e direita, o que une a extrema-esquerda e extrema-direita, o que une os homens de modo arrebatador é justamente a misoginia. Lutar pela democracia passando por cima de mulheres é a coisa mais comum do mundo. Então é, sim, lamentável que a torcida do Corinthians não tenha sido a primeira a acordar e a movimentar essa roda para o lado correto. Mas não é surpreendente”.
Discriminação para as mulheres
Milly Lacombe também afirma que a intervenção de cantos homofóbicos tendem a serem maiores quando se enfrenta o São Paulo, Cruzeiro e Fluminense por conta das palavras no feminino usadas para se referirem a estes times. Esta questão também é apontada pela colunista do Portal UOL por serem também uma discriminação sexista e machista.

