Home Futebol Pilhado não concorda em punir o Corinthians por cantos homofóbios: “É uma tradição dos estádios”

Pilhado não concorda em punir o Corinthians por cantos homofóbios: “É uma tradição dos estádios”

Jornalista comentou sobre o episódio envolvendo a torcida do Timão em clássico contra o São Paulo

Por André Salem em 16/05/2023 16:15 - Atualizado há 3 anos

Reprodução/Jovem Pan

No último domingo (14), Corinthians e São Paulo empataram em 1 a 1, na Neo Química Arena, em jogo de pouca emoção.

Mas, um fato que aconteceu nessa partida, ainda gera debate e deve ter novos capítulos em breve. A torcida corintiana começou com cantos que se referia ao São Paulo como “bicha”. O árbitro, então, paralisou a partida por cerca de três minutos, enquanto no telão do estádio exibia uma mensagem repudiando gritos preconceituosos.

Há uma recomendação para a arbitragem parar o jogo quando houver manifestações homofóbicas vindo das arquibancadas.

Porém, isso não deve terminar apenas assim. Como previsto em regulamento, o Corinthians deve ser punido pelos atos dos seus torcedores. A punição pode ser uma multa, perda de mando de campo e até perda de pontos no campeonato.

No programa “Bate Pronto”, da Jovem Pan, o jornalista Thiago Asmar, conhecido como “Pilhado”, defende que o clube não deva ser punido por esses cantos.

O jornalista entende que há homofobia nos estádios e precisa ser combatido. Porém, nesse caso específico, Pilhado diz que o estádio inteiro canta por ser uma tradição de estádio e não por serem homofóbicos, de fato.

“É errado? É. Tem que ser combatido? Tem. Tem homofobia envolvida? Tem. Agora, vamos ser bem claro. Não é todo mundo que gritou, que é homofóbico. É uma tradição dos estádios há anos. De todas as torcidas.”

“Tirar ponto do clube por causa de gritos da torcida que é uma tradição do futebol brasileiro, eu acho um exagero absurdo. É punir o clube por um erro que não é dele. O clube se manifestou, pediu para parar. Tem que mudar essa tradição? Tem, mas vai demorar para mudar”, disse Pilhado.

Pilhado defende que o estádio inteiro não é homofóbico

O jornalista, então, completa, dizendo que era o estádio todo gritando. Ou seja, as pessoas gritaram apenas por tradição, sem entender muito bem o efeito disso.

“Não dá para tirar ponto do clube, quem quer que seja. É um exagero. Porque foi a torcida inteira, não foi parte, como estão dizendo. Foi todo mundo que estava na Arena Corinthians. E a gente não vai dizer que todos os torcedores que estavam lá são homofóbicos. É uma tradição muito antiga”, finalizou.

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