STJD define punição do Corinthians por cantos homofóbicos em clássico contra o São Paulo
Tribunal julgou o Timão por cantos da sua torcida em duelo realizado no Brasileirão
Nesta quarta-feira (14), o Corinthians foi julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD), por conta de cantos homofóbicos por parte da sua torcida na Neo Química Arena no confronto contra o São Paulo no dia 14 de maio.
A punição da entidade foi a perda de um mando de campo com portões fechados, referente ao que é previsto no artigo 24-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que aborda “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.”
Ainda não se sabe qual será o duelo em que o Timão irá cumprir essa pena, até porque é possível que o clube paulista entre com recurso nessa decisão.
Relembre o caso
Corinthians e São Paulo realizaram o clássico paulista no dia 14 de maio, com um duelo que terminou com empate de 1 x 1.
Na ocasião o juiz Bruno Arleu de Araújo paralisou o confronto, aos 17 minutos do segundo tempo. O motivo foram os gritos homofóbicos da torcida do Timão presente na Neo Química Arena.
Essa pausa no jogo seguiu por quatro minutos, com o fato sendo relatado na súmula da partida. Além disso os telões do estádio reforçaram a mensagem de que “é proibido emitir cantos discriminatórios, racistas, homofóbicos ou xenófobos”.
Arbitragem identifica cantos homofóbicos vindo da torcida e paralisa clássico entre Corinthians e São Paulo #ge
— ge (@geglobo) May 14, 2023
Acompanhe: https://t.co/0zEeN4yHHj pic.twitter.com/6rsM5mTRS8
Sinal de alerta ligado para o Corinthians
Lúcio da Silva Blanco, administrador da Neo Química Arena, e Alessandro Nunes, gerente de futebol, estiveram presentes no julgamento. Ambos confirmaram que os gritos homofóbicos foram entoados pela torcida. Mas foi citado que o Corinthians segue todas as orientações previstas na cartilha para conscientizar sua torcida.
A questão principal é que a punição prevê até mesmo perda de pontos. Além disso, o código 243-G cita que caso a situação se repita, o clube pode perder o “número de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição”.
Dessa forma a perda de um mando de campo acabou sendo a menor punição possível ao clube. Mas agora o Corinthians terá que agir junto a sua torcida para que esse caso não se repita em seu estádio.

