Neto lamenta ódio no futebol e se posiciona após ataques envolvendo assalto: “Votei no Lula mesmo”

Abatido após Gabriela Anelli ser atingida por uma garrafa e vir a óbito, Neto desabafou em relação ao ódio dentro e fora das redes sociais. Inicialmente, o ídolo do Corinthians fez questão de apontar que o assalto sofrido em uma região próxima do Grupo Bandeirantes virou motivo de comemoração apenas pela sua preferência política. Diante disso, o cenário em questão aumentou o afastamento entre as pessoas e a falta de empatia entre os indivíduos.

“Eu já pensei muitas vezes em sair (das redes sociais). Quando eu fui roubado, teve um cara que fez um TikTok colocando que estava certo eu ser assaltado por eu ser Lula. Eu votei mesmo no Lula! Qual o problema de ter votado no Lula? E você, que está aí no carro, e votou no Bolsonaro? Não é por isso que eu te odeio, muito pelo contrário. Eu não odeio ninguém.”, disse na Rádio Bandeirantes.

Na sequência, a morte da torcedora do Palmeiras motivou uma reflexão vinda de Neto. Considerando que a raça humana deu errado, o ex-jogador questionou a forma como a vida está sendo tratada de forma banal, algo que fez a vida de Gabriela Anelli ser interrompida de maneira trágica.

“Nós não deveríamos ter mais esse tipo de ódio, que é do ser humano. A gente está tendo ódio por você ser palmeirense, corintiano, são-paulino, flamenguista, atleticano… a gente tem ódio que você é Lula, Bolsonaro, Michel Temer, Fernando Henrique… as pessoas estão se matando por causa de direita, esquerda, comunista… ninguém mais respeita o ser humano. Ninguém respeita o pai, mãe, avô e avó. O que mais vemos hoje é a falência das pessoas. Quando uma criança como essa morre com a jugular cortada por uma garrafa, onde dentro do campo, 100 metros é proibido cerveja, morre com uma vida inteira pela frente… essa raça tem que ser pensada de uma maneira diferente, é uma raça que não deu certo, o ser humano não deu certo”, completou.

Neto sugeriu protesto no futebol

Por fim, Neto defendeu uma paralisação imediata do futebol como protesto ao que ocorreu nos arredores do Allianz Parque. Porém, ele admitiu que o cenário em questão é bastante improvável, tendo em vista a prioridade em fazer dinheiro com os jogos.

“Se a gente for ter jogo, não ajuda. Pode ser que eu mude, eu tô com nojo do futebol. Estou com nojo de quem joga, quem apita… estou com nojo de torcer pro meu time não cair, torcer pelo time que eu não torço não ganhar mais… desse futebol eu tenho nojo! Dá vontade de vomitar. O futebol, para mim, é um bando de nojentos, capitalistas e oportunistas. Os jogadores só querem ganhar dinheiro, os dirigentes só pensam em negócios, TV’s só pensam no comercial, eu, que não deveria estar trabalhando… se você está com nojo do futebol, eu compartilho com você.”, desabafou.