Bruno Formiga explica validade do Mundial do Palmeiras: “Não é absurdo”
Jornalista levou em conta momento da conquista do time alviverde para expor ponto de vista
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Em entrevista ao podcast “Fala Tudo”, Bruno Formiga não ficou em cima do muro sobre uma das principais polêmicas do futebol nacional. Apesar das zoações dos rivais, houve uma sinalização que o título do Palmeiras em 1951 é, de fato, um título mundial. Sendo assim, para explicar sua opinião, o comunicador da TNT Sports apontou que o contexto histórico está por trás da análise.
Por conta do tratamento envolvendo a Taça Rio, Bruno Formiga apontou que existe uma condição legítima do torneio ser reconhecido como Mundial. Dessa forma, o jornalista ainda lembrou a decisão da CBF em unificar os títulos do Campeonato Brasileiro antes de 1971.
“O Palmeiras tem Mundial. Eu uso argumentos da historiografia. Quando eu falo da historiografia, você precisa entender o significado daquela coisa para aquele momento da época. E tem um pouco de sociologia incluída. Como as pessoas consumiam aquilo? Como aquilo foi noticiado à época? Se você considerar tudo isso, o Mundial de 51 foi consumido como um Mundial, da mesma forma que o Brasileiro ou a Taça Brasil e o Robertão, eram consumidos como Campeonato Brasileiro. Não tinha esse nome, mas a pessoa que ganhava era considerado o melhor time do Brasil. Falam que Palmeiras, Flamengo e Botafogo jogavam quatro ou cinco jogos. A prévia era o Paulista e o Carioca, considerados os melhores campeonatos. Era como se jogasse um playoff muito qualificado. Você só iria para o Brasil se fosse campeão ou vice do Estadual.”, disse.
Na sequência, Bruno Formiga mencionou que o Palmeiras demorou para entrar com o pedido de reconhecimento do título mundial. Diante disso, caso Joseph Blatter não tivesse deixado o comando da Fifa, a solicitação tinha grandes chances de ser aceita pela entidade máxima do futebol.
“Considerar o Palmeiras campeão mundial não é nenhum absurdo do ponto de vista histórico. Se o Blatter não se envolver nos problemas, estava caminhando para ele reconhecer. Ele chega a mandar o fax, mas não tem a chancela porque explode os escândalos de corrupção. Ele abriria uma caixa de pandora que muitos clubes iriam pleitear conquistas. O erro do Palmeiras foi demorar a se preocupar com aquele campeonato, tem que ter a chancela dos outros. Para convencer a galera, tem que ter o selo. O Palmeiras demorou para ir atrás disso.”, afirmou.

