Celso Roth analisa Fernando Diniz na seleção brasileira: ‘ele corre um risco muito grande’
Treinador, que comandou o Juventude em 2023, analisa méritos e a chegada do treinador do Fluminense para comandar o Brasil nas Eliminatórias
Reprodução/ YouTube/ Charla Podcast
Se não é com expectativa é com no mínimo curiosidade que o torcedor brasileiro aguarda a estreia de Fernando Diniz como técnico da seleção brasileira. O comandante, inicialmente um interino e dividindo o trabalho na CBF com o no Fluminense, faz sua primeira partida à frente a equipe canarinho nesta sexta, contra a Bolívia, às 21:45.
Mas não é só para o torcedor que o início do trabalho de Diniz tem pautado as discussões. Treinadores, como Celso Roth, também tem tratado do assunto. O técnico, que está sem clube desde que deixou o Juventude, no início do ano, analisou, ao Charla Podcast, a chegada do colega na Seleção, em especial o seu estilo de trabalho.
“Eu questiono muito jeito que ele faz as coisas, porque quanto mais longe do meu gol, melhor, minha opinião e ele corre o risco muito grande, por mais que esteja treinado. E às vezes e muitas vezes porque os times treinados pelo Diniz levaram gols absurdos”, comentou Roth, pontuando a mentalidade mais ofensiva do comandante do Fluminense.
Apesar da discordância de estilos, Roth reconheceu o sucesso recente do atual treinador da seleção brasileira se mostrou compreensivo com a escolha da CBF.
“Nesse momento ele tá tendo um resultado. Então se ele fez uma coisa diferente ele tá tendo resultado, dentro dessa situação de administração no futebol brasileiro, falando em CBF, que não sabe o que fazer, o que eu vou fazer? Vou pegar o que tá na moda. Então o que tá na moda é o Diniz, então tomara que ele aproveite o movimento ou o momento dele”, completou o treinador, que tem passagens marcantes por Internacional, Grêmio e Palmeiras.
Roth prevê dificuldades para o ‘estilo Diniz’ na seleção brasileira
Apesar da discordância de estilos e do reconhecimento do bom trabalho, Celso Roth analisou como deve se desenrolar o trabalho de Fernando Diniz na seleção brasileira. E prevê dificuldades para a implementação do estilo do colega, em especial pelas particularidades do dia a dia do trabalho na equipe nacional.
“Acho difícil ele fazer o que ele faz no Fluminense porque ele não tem tempo para treinar. Ele vai participar das eliminatórias dois três dias antes do jogo, vai ficar mais dois três dias antes do outro jogo e vai embora. Então vai ser muito complicado para ele fazer o que ele faz no Fluminense. Agora vamos lá, vamos ver o que que vai acontecer, eu tô torcendo que ele consiga fazer”, finalizou o treinador.



