Rivais, Guarani e Ponte Preta não citam o nome um do outro na arte de divulgação do Grupo B do Paulistão; veja
Rivais não citam nomes de adversários em material do Campeonato Paulista 2024
Derby em 2022 (Divulgação/Guarani)
A história de Guarani e Ponte Preta tem características, no mínimo, curiosas. Por exemplo, os rivais de Campinas não citam os nomes um do outro, na divulgação com os grupos do Paulistão 2024.
Ambas equipes caíram no grupo B do Campeonato Paulista ao lado de Palmeiras e Água Santa. Enquanto na arte da Macaca, o Guarani é designado, apenas como GFC (iniciais de Guarani Futebol Clube), do lado verde, o nome do outro clube, aparece com A.A.P.P (iniciais de Associação Atlética Ponte Preta).
Rivais, Ponte Preta e Guarani caíram no mesmo grupo do Paulistão 2024 e evitaram citar o nome um do outro na arte de divulgação.
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— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) November 17, 2023
Vale lembrar que, pelas regras do Paulistão, os times do mesmo grupo não se enfrentam. Isso quer dizer, que o tradicional “Dérbi de Campinas” não acontecerá na primeira fase.
Guarani e Ponte Preta na história do Paulistão
Ambas equipes nunca foram campeãs estaduais da primeira divisão. O Bugre foi vice-campeão nas edições de 1989 (perdendo para o Corinthians) e em 2012 (quando foi superado pelo Santos). Enquanto isso, a Ponte, chegou em segundo lugar nos campeonatos de 1977 (quebrando o jejum do Corinthians), 1979 (de novo perdendo para o Timão) e 1981 (sendo superada pelo São Paulo).
O derby campineiro
O primeiro dérbi foi realizado no dia 24 de março de 1912 e não há registro do resultado, que permanece desconhecido, aquele que passaria a ser desde então.
O terceiro dérbi disputado seria pela Liga Operária de Foot-Ball Campineira, no dia 11 de agosto de 1912 e foi a primeira final de campeonato entre os dois clubes, que teve como campeã a Associação Athletica Ponte Preta, vencedora do “2.º Campeonato Campineiro de Futebol”.
O quarto dérbi, em 28 de agosto de 1914, um “desafio” realizado num campo do Parque Arraialense, no Distrito de Sousas (onde hoje existe o clube de campo do Campineiro de Regatas), acendeu o pavio da rivalidade, pois após a vitória do Guarani por 2–0, torcedores e diretores da Ponte Preta passaram a escrever para os jornais atribuindo ao árbitro a derrota, e os bugrinos (ainda não eram chamados assim) retrucaram, criando grande polêmica, com ofensas mútuas.
Dois anos depois, pelo Segundo Turno do Campeonato Campineiro de 1916 (conquistado pelo Guarani), a rixa chegou ao seu ápice. O jogo que se realizava num campo dentro do Hipódromo Campineiro terminou em pancadaria, envolvendo jogadores e torcedores dos dois clubes.
As maiores goleadas pertencem ao Guarani: 6–0 em 5 de junho de 1960 (amistoso) e 5–1 em 28 de agosto de 1955 no Campeonato Paulista. Já no quesito de invencibilidade, essa, pertence à Ponte Preta, quando ficou 16 partidas sem perder entre 1979 a 1984.

