Home Futebol Ana Paula Oliveira cita Raphael Claus e revela salário mensal de árbitro FIFA no Brasil

Ana Paula Oliveira cita Raphael Claus e revela salário mensal de árbitro FIFA no Brasil

Ex-assistente contou que, durante época nos gramados, tinha vencimentos pífios

Por Bruno Romão em 29/01/2024 10:52 - Atualizado há 2 anos

Raphael Claus, em jogo do Palmeiras no Brasileirão (Cesar Greco - Palmeiras)

Em entrevista ao podcast “Tomando Uma Com…“, a assistente Ana Paula Oliveira contou bastidores da arbitragem no Brasil.

Apesar da luta da classe por melhores condições de trabalho e remuneração, a instrutora da FIFA contou que, ao longo dos últimos anos, houve uma evolução notável. Diante disso, um profissional que atinge um patamar elevado no Brasileirão Série A, como Raphael Claus, pode atingir ganhos de R$ 60 mil por mês.

Mesmo os árbitros que atuam na segunda divisão tiveram valorização salarial. Por conta do grande número de partidas na temporada, a margem da remuneração, segundo Ana Paula, gira em torno de dois salários mínimos e pode aumentar com o passar do tempo.

“São Paulo é a federação que melhor paga no país. Qual foi a meta de trabalho? Melhorar as condições do árbitro, que é pagar uma taxa e que se consiga subsistir com ela.

Os árbitros da primeira divisão nenhum trabalha. Tem árbitros de segunda divisão que vivem só de arbitragem em função da quantidade de jogos.”, contou Ana Paula.

“Uma taxa de segunda divisão ganha de R$ 800 a R$ 900 por jogo. Se ele fizer quatro jogos, superou a marca de dois salários mínimos.

Na realidade do nosso país, você consegue sobreviver. Se você for crescendo, (como) o Raphael Claus, vai faturar de R$ 50 R$ 60 mil por mês. Um árbitro FIFA, dependendo do patamar e da regularidade, vai faturar mais de R$ 60 mil por mês.”, completou.

Ana Paula Oliveira tinha realidade diferente

Apesar do destaque na época como bandeirinha, Ana Paula contou que seu salário estava longe de ser digno.

Além disso, mesmo ganhando um prêmio de melhor assistente, a Federação Paulista não concedeu nenhum prêmio em dinheiro, algo que acontece nos dias atuais.

“Se eu falar meu salário, pelo nível de responsabilidade que eu tinha, era pífio. Eu não vivia. Quando eu fui árbitra, o valor era ridículo e não tinha o suporte que a federação dá.

Eu fui eleita melhor assistente de 2005, ganhei só um troféu e me roubaram. Não ganhei nada. Hoje, a Federação Paulista premia os árbitros com receita.”, relatou.

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